Roma, 6 de jun de 2011 às 11:43
O partido islâmico radical Jamiat Ulema-e-Islam pediu ao Tribunal Supremo do Paquistão que proíba a circulação da Bíblia, que qualifica como "livro pornográfico" e "blasfemo".
A agência vaticana Fides informou que este grupo radical tem sua sede em Karachi, onde pôs em marcha uma campanha contra a Bíblia porque segundo seu líder, Abdul Rauf Farooqi, algumas passagens descrevem como "viciosos e imorais" personagens que os muçulmanos consideram profetas.
O Pe. Saleh Diego, quem preside a Comissão "Justiça e Paz" da Arquidiocese de Karachi, alertou que se trata de "uma medida que poderia alimentar o ódio religioso contra os cristãos. É uma ameaça para a coexistência pacífica, um ataque ao coração da nossa fé".
O sacerdote disse que a minoria cristã de por si já é muito débil e está sujeita "às pressões injustas da lei sobre a blasfêmia. Estes grupos radicais querem nos eliminar por completo. Evidentemente se trata só de grupos minoritários, e temos a esperança de que se elevem as vozes dos líderes muçulmanos moderados para deter esta campanha de ódio".
"Nossa resposta como cristãos no Paquistão, é reiterar a urgência do diálogo e do respeito de todos os símbolos religiosos e os livros sagrados de todas as religiões. Mas esperamos que, no nível internacional, possa nascer uma resposta mais forte e decidida, que nos apóie", afirmou, de uma vez que pediu à comunidade internacional que detenha a campanha contra a Bíblia.