Dom Giovanni Innocenzo Martinelli, Vigário Apostólico de Trípoli lamentou os recentes fatos ocorridos no país onde uma Igreja Copta Ortodoxa ficou danificada por causa de um recente bombardeio e lamentou a ineficácia da diplomacia internacional, assim como decisão da OTAN de estender as operações militares em vez de buscar o diálogo. “Como eu sempre disse, com os bombardeios não se resolve nada”, afirmou o prelado.

"Estamos unidos para deplorar o fato acontecido (referindo-se aos danos à Igreja Copta Ortodoxa), mas sobretudo para rezar, a fim de que termine a violência. Em todos nós permanece a pergunta: porque isso está acontecendo? Ficamos espantados com a incapacidade da diplomacia internacional e, talvez, pelo seu preconceito que torna impossível o diálogo com a liderança de Trípoli", declarou o prelado à Agência vaticana Fides.

Segundo Dom Martinelli a mediação da União Africana liderada pelo presidente sul-africano, Jacob Zuma, até agora não produziu resultados."A África do Sul tinha, no entanto, dado um sinal de boa vontade que aqui foi recebido e parece que alguma coisa se moveu”, asseverou.

“O problema é que nenhuma outra diplomacia apoiou este caminho. Parece-me que há um preconceito que mina as tentativas de mediar e chegar a uma trégua. Parece-me que a OTAN renovou por mais três meses a operação militar na Líbia sem ter em conta qualquer possibilidade de diálogo, como pedido pelas Nações Unidas e pelo Santo Padre", disse o Vigário Apostólico de Trípoli

Dom Martinelli disse, enfim, que está preocupado porque não consegue se comunicar bem com a comunidade católica na Cirenaica, onde foram feitos alguns atentados: “Estamos isolados de Benghazi, e não podemos entrar em contato com as diferentes comunidades de Cirenaica.
“Dividir a Líbia significa criar um terreno fértil para atos terroristas", concluiu o prelado. 

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