MADRI, 21 de fev de 2005 às 19:54
Em sua carta pastoral intitulada “Educamos os filhos” por ocasião da XXI Semana da Família, o Arcebispo de Valladolid, Dom. Braulio Rodríguez Plaza, fez um chamado para que as famílias “proponham modelos de vida que introduzam os filhos na idade adulta e os guiem em gestos de autêntica dedicação ao próximo”.
O texto –centrado nos aspectos educativos da instituição familiar– consta de duas partes. A primeira delas dedicada a analisar a atual crise dos valores de maternidade e paternidade; e uma segunda que recolhe os denominados “lugares para a educação”.
Em sua carta, o Arcebispo exortou às famílias que exerçam sua “liberdade para dizer não" à moda imposta por tipos de família “esquálidos” e recordou que, para ser filhos, é preciso contar com “um pai e uma mãe”, assim como uma família onde se viva “um clima de amor, de entrega, de carinho e de exemplo”.
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Do mesmo modo, o Prelado mostrou sua preocupação por que “esta família verdadeira é combatida por uma cultura individualista” que “tende ao egoísmo”; e denunciou os atuais “pseudovalores do sucesso, divertimento e passatempo”, assim como a proliferação de “tantas brigas de ruas, tanto vandalismo, tantas gravidezes não desejadas e tantas pílulas do dia seguinte pedidas ou exigidas depois dos fins de semana”.
Frente a estes problemas –acrescentou o Prelado– os responsáveis sociais e políticos “freqüentemente só sabem distribuir preservativos”... mas “quem atende o problema fundamental desses adolescentes e jovens que estão interiormente construídos sobre a única busca de satisfazer a si mesmos e satisfazer como podem seus impulsos sexuais?”, perguntou.
Finalmente, o Arcebispo afirmou que “hoje, jovens e adultos estão cheios de muitas coisas, mas são pobres em espiritualidade; estão cheios de experiências sexuais, mas pobres de amor e incapazes de amar”.