NOVA DELHI, 8 de jun de 2011 às 11:21
Grupos radicais hindus se opõem à aprovação do projeto de lei contra a violência inter-comunitária, que permitiria ao Estado deter atos de violência massiva e abuso contra as minorias religiosas, étnicas ou culturais, como os cristãos que costumam ser perseguidos por causa da fé.
Este projeto de lei é considerado pelos cristãos na Índia como uma lei "justa e necessária".
Conforme informa a agência vaticana Fides, os radicais hindus lançaram uma campanha para deslegitimar o projeto de lei, argumentando que "a lei obedece a potências estrangeiras, é o resultado de uma conspiração internacional contra os hindus", além de supostamente constituir "um ataque à política federal do país".
Por sua parte, o Pe. Joseph Babu Karakombil, porta-voz da Conferência Episcopal da Índia, informou que "a lei também serve para diminuir as cumplicidades políticas produzidas nesses casos. E proporciona uma ferramenta adicional: um organismo nacional independente encarregado de vigiar as situações de tensão".
"Acreditam que é uma lei que ajudará a construir a paz social e a harmonia inter-religiosa na Índia. Além disso, protege a todas as minorias: cristãos, muçulmanos, dalit, aqueles sem casta e também os hindus nos sete estados da Índia, onde até eles mesmos são uma minoria", assinalou o presbítero.
Se for aprovada, esta lei protegerá "todas as minorias", afirmou o Pe. Joseph.