Roma, 8 de jun de 2011 às 15:17
Em declarações à agência vaticana Fides, católicos e membros da família da jovem Farah Hatim, uma enfermeira cristã sequestrada e forçada a se converter ao Islã em Punjab no mês passado, apelaram à comunidade internacional para que realize os esforços necessários para a sua libertação especialmente depois que os pedidos das instituições locais foram ignorados, incluindo o do Ministro para as Minorias de Punjab, Kamran Michael.
Segundo a Agência Fides, a garota de 24 anos, foi seqüestrada no dia 8 de maio passado na cidade de Rahim Yar Khan (ao sul de Punjab) pelo muçulmano Zeehan Iliyas Zeehan, com a intenção de convertê-la ao Islã e induzí-la a um casamento forçado.
Nada serviram as denúncias feitas pela família, visto que a polícia local mostrou evidente cumplicidade com os seqüestradores e se recusou a intervir, afirma Fides.
A família de Farah pediu a intervenção das autoridades civis e nos dias passados Kamran Michael, cristão e ministro para as minorias cristãs na província do Punjab, se expôs diretamente denunciando o seqüestro e ordenando à polícia para encontrar a menina e devolvê-la à família de origem. O superintendente do Distrito de Polícia local reiterou a sua recusa em obedecer a ordem e trabalhar para salvar a garota.
A este ponto, a família de Farah disse à Fides, "nos resta a esperança de uma intervenção da comunidade internacional, dado que o sistema jurídico e as forças da polícia no Paquistão não fazem justiça". Na verdade, a polícia também tentou prender dois irmãos de Farah, para intimidar a família e convencê-la a abandonar caso.
Farah assinou, sob tortura, uma declaração na que afirma ter se convertido ao Islã voluntariamente. A família disse que "a conversão foi forçada e absolutamente inválida." Farah não tem pai e sua mãe Balqees Hatim, além de Farah, tem outros dois filhos e três filhas.