BARCELONA, 9 de jun de 2011 às 11:22
A Federação Internacional de Médicos Católicos (FIAMC) comunicou nesta terça-feira 7 de junho uma nota de imprensa na que precisa enfaticamente que a autodenominada "Associação de médicos católicos alemães" (BKA, por suas siglas em alemão) que afirma ter achado uma cura para a homossexualidade, não pertence à sua organização, nem ao ramo alemão da mesma.
A nota de imprensa assinala que "nos últimos dias saiu na imprensa européia (Spiegel, Corriere della Sera, El Mundo e outros) que uma auto-denominada ‘Associação de médicos católicos alemães’ (Munique), dirigida pelo Dr. Gero Winkelmann, cura a homossexualidade à base de homeopatia e outros elementos".
Com efeito, o jornal espanhol El Mundo afirmou em sua edição de 6 de junho que o jornal online alemão Telepolis publicou um artigo da BKA no qual se anunciava a descoberta da cura para a homossexualidade.
O jornal italiano Corriere della Sera, citado pelo Mundo, assinala por sua parte que esta "cura" não seria um verdadeiro remédio já que a BKA "reconhece" que "não estamos ante uma enfermidade".
O suposto tratamento consistiria em uma "uma combinação de curas homeopáticas, psicoterapia e conselhos religiosos", que segundo Winkelmann ajudariam a quem se sinta "infeliz, doente ou se sente em momentos de tribulação".
El Mundo assinala logo que "segundo afirma Winkelmann, os ensinamentos da Igreja Católica, as Sagradas Escrituras e os estudos homeopáticos de Samuel Hahnemann são algumas das fontes da investigação que concluíram neste revolucionário tratamento".
Diante destas afirmações, a FIAMC "manifesta rotundamente que tal associação (BKA) não forma parte de nossa Federação nem do ramo europeu ou alemão (Katholische Ärztearbeit Deutschlands (KÄAD) da mesma".
"O posicionamento da FIAMC sobre a homossexualidade, em consonância com a doutrina da Igreja Católica, encontra-se no Documento ‘Homossexualidade e esperança’" que pode ser lido em http://www.fiamc.org/bioethics/homosexuality
Finalmente "a FIAMC manifesta seu profundo respeito pelas pessoas homossexuais mas não compartilha a prática da homossexualidade".
A nota de imprensa está assinada pelo Dr. José María Simón Castellví, Presidente da FIAMC.