A Igreja recorda hoje (13) a memória litúrgica de Santo Antonio de Pádua, um dos santos mais populares entre os brasileiros e portugueses.  Santo Antonio de Pádua, também chamado Santo Antonio de Lisboa, foi canonizado apenas um ano depois de sua morte, em 1232, pelo Papa Gregório IX e declarado doutor da Igreja por Pio XII em 1946, que lhe atribuiu o título de “Doutor evangélico” devido à sua vivência e anúncio coerentes dos ensinamentos evangélicos.

Santo Antonio nasceu em Lisboa, em 1195, e morreu nas vizinhanças da cidade de Pádua, na Itália, em 1231. Seu nome de batismo era Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo.

Quando jovem, pertenceu à Ordem dos Cônegos Regulares. Estudou filosofia e teologia em Coimbra, até ser ordenado sacerdote.  Ainda em Portugal, Fernando, que mais tarde assumiu o nome de Antônio, foi recebido entre os Cônegos Regulares de S. Agostinho em Lisboa e Coimbra, mas pouco depois de sua ordenação sacerdotal ingressou na Ordem dos Frades Menores, com a intenção de se dedicar à propagação da fé entre os povos da África. Foi o primeiro professor de teologia na ordem fundada por São Francisco de Assis, tendo ficado famoso pelos seus sermões.

Hoje, o santo é conhecido entre os brasileiros como intercessor para os que desejam casar-se, e que o Papa Bento XVI em uma catequese destacou como exemplo de apostolado eficaz e vida coerente com o evangelho e a espiritualidade franciscana.

“Trata-se de um dos santos mais populares de toda a Igreja Católica, venerado não só em Pádua, onde foi construída uma maravilhosa Basílica que conserva os seus despojos mortais, mas em todo o mundo. São queridas aos fiéis as imagens que o representam com o lírio, símbolo da sua pureza, ou com o Menino Jesus no colo, em recordação de uma milagrosa aparição mencionada por algumas fontes literárias” - disse o Papa em uma catequese de fevereiro do ano passado recolhida pela Agência Ecclesia.

Para o Papa Bento, “Antonio contribuiu de modo significativo para o desenvolvimento da espiritualidade franciscana, com os seus salientes dotes de inteligência, equilíbrio, zelo apostólico e, principalmente, fervor místico”.

“No começo do século XIII, no contexto do renascimento das cidades e do florescimento do comércio, crescia o número de pessoas insensíveis às necessidades dos pobres. Por este motivo, Antônio convidou os fiéis muitas vezes a pensar na verdadeira riqueza, a do coração, que, tornando-os bons e misericordiosos, leva-os a acumular tesouros para o céu”, recordou o Papa.

Bento XVI qualificou este ensinamento de Santo Antonio como “muito importante também hoje, quando a crise financeira e os graves desequilíbrios econômicos empobrecem não poucas pessoas, e criam condições de miséria”.

Além dos seus dons de predicação, o amor pelos pobres foi outro aspecto notável da vida do santo português. O Portal Canção Nova Notícias relata que em certa ocasião Santo Antônio tomou todos os pães do convento e distribuiu aos pobres. O padeiro do convento ficou desesperado, pois não tinha o que servir aos franciscanos, mas Antônio pediu para que ele verificasse na dispensa e havia pão com fartura. Por esta razão, em alguns países como o Brasil hoje se distribui o “Pão de Santo Antônio”.

Segundo o Portal A12, no Santuário Nacional de Aparecida estão sendo distribuídos hoje pães abençoados após as celebrações. A simbologia do pão representa fartura e os devotos de Santo Antonio têm a tradição de colocar este pão em potes de mantimentos para que, pela intercessão do Santo não lhes falte alimento.

Na ocasião da sua catequese sobre o santo português, o Papa Bento XVI encerrou seu discurso encomendando ao grande predicador aqueles que se dedicam à predicação, especialmente os sacerdotes: “que Antonio de Pádua, tão venerado pelos fiéis, interceda pela Igreja inteira, sobretudo por aqueles que se dedicam à pregação. Que estes, inspirando-se em seu exemplo, procurem unir a doutrina sã e sólida, a piedade sincera e fervorosa e a incisividade da comunicação”.

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