"A Igreja Católica no Paquistão está fazendo de tudo para libertar Farah e restituí-la à sua família” afirmou Dom Andrew Francis, Bispo de Multan, diocese onde Farah Hatim, uma jovem católica foi seqüestrada na cidade de Rahim Yar Khan (sul da província de Punjab), forçada a casar com um muçulmano e converter-se ao Islã.

Em declarações à Agência Fides, Dom Francis disse que “nos últimos dias, a pressão da sociedade civil e da comunidade internacional cresceu e a Igreja do Paquistão começa a alimentar a esperança pela a libertação da menina: A Comissão "Justiça e Paz" foi ativada e usará todos os meios à sua disposição”.

“Estamos mantendo conatos com altos funcionários da polícia para tentar destravar esta triste questão. Estou confiante numa solução positiva. Temos muita confiança em Deus e nos frutos da nossa oração", confidenciou à agência vaticana Fides o Bispo de Multan.

A Comissão “Justiça e Paz” da Conferência Episcopal do Paquistão está concluindo sua investigação do caso, que é emblemático de um fenômeno generalizado: acredita-se que pelo menos 700 jovens cristãs são seqüestradas e islamizadas a força anualmente.

Segundo fontes da agência Fides, para o próximo passo para definir o caso, a Igreja poderá tentar uma ação judicial ao Supremo Tribunal de Lahore, pedindo o respeito pelos direitos humanos e pela liberdade individual da jovem, que agora vive segregada.

Fides também denuncia que um tribunal de primeira instância já havia declarado o caso "fechado", baseando-se numa declaração escrita em que Farah afirma ter se casado e convertido por sua vontade. A família da jovem disse, no entanto, que a declaração foi extraída sob ameaças e torturas.

Fides informou também que algumas ONG cristãs credenciadas no Conselho da ONU para os Direitos Humanos em Genebra, estão acompanhando o caso de Farah e pretendem elaborar um relatório que será apresentado ao Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos.

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