KONIGSTEIN, 15 de jun de 2011 às 04:22
Theophilus Bela, presidente do Jakarta Christian Community Forum da Indonésia, denunciou que o presidente deste país asiático, Susilo Bambang Yudhoyono, "dorme e também a polícia", enquanto extremistas muçulmanos atacam igrejas cristãs. Desde ano 2006 registraram-se mais de 200 ataques.
Em um relatório enviado à organização católica internacional, Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), Bela explica que nos cinco primeiros meses de 2011 os radicais muçulmanos protagonizaram 14 ataques contra as igrejas cristãs, enquanto que em 2010 foram um total de 46.
O ativista criticou o presidente Yudhoyono e seu governo por não tomar as medidas necessárias diante desta constante ameaça: "O presidente Yudhoyono dorme se houver um ataque às igrejas cristãs. Se o presidente dormir, a polícia também o faz", alertou.
Desde que o mandatário assumiu o cargo em maio de 2004, registraram-se um total de 286 ataques a igrejas cristãs. Deste modo, Bela advertiu que entre os membros do governo há um líder muçulmano extremista. "Tenho a impressão de que o Sr. Yudhoyono teme o seu próprio ministro dos assuntos religiosos que pertence a um partido político islâmico".
"Além disso –acrescenta– parece que o mandatário duvida sobre proteger os cristãos" que na Indonésia são pouco mais de 28 milhões, aproximadamente 10 por cento de uma população total de mais de 230 milhões de habitantes cuja religião é majoritariamente a muçulmana.
Para o ativista cristão a razão dos constantes ataques dos muçulmanos radicais contra os cristãos seria seu rechaço à participação destes últimos na vida econômica da cidade. Chegados da área rural, procuram novas oportunidades de emprego nas novas indústrias e negócios criados pelo governo.
Diante dos ataques, assinala Bela, os cristãos seguem fortes na fé: "não temos medo, porque somos cidadãos deste país como os outros grupos da sociedade. Os cristãos vão regularmente à Missa e nossas igrejas estão cheias nos domingos".
Depois de comentar que a Indonésia é uma sociedade plural, o líder cristão indicou que "uma maneira de protestar contra a inação do Presidente Yudhoyono foi ter realizado diversas celebrações religiosas durante dois domingo em frente ao palácio de governo recentemente".