Lisboa, 20 de jun de 2011 às 18:05
O cardeal-patriarca de Lisboa vai permanecer no cargo por mais dois anos, por decisão de Bento XVI, anunciou hoje o próprio Dom José Policarpo, numa celebração em Penafirme, concelho de Torres Vedras na diocese de Lisboa.
“Gostava de vos anunciar, hoje, dia da Igreja diocesana, que o Santo Padre Bento XVI já respondeu ao meu pedido de resignação, pedindo-me que prolongue o meu ministério episcopal, na Igreja de Lisboa, por mais dois anos”, afirmou o Cardeal Policarpo na homilia da missa que presidiu.
Segundo a informação divulgada pela agência Ecclesia, o cardeal José Policarpo anunciara no dia 18 de fevereiro a sua renúncia ao cargo de patriarca de Lisboa por ter atingido o limite de 75 anos determinado pelo direito canônico, mas o Papa decidiu não aceitar de imediato este pedido.
“Não penseis que me sinto mais transitório agora do que há 50 anos. Serei até ao último minuto o bispo que Deus deu à sua Igreja, para conduzi-la nos caminhos da comunhão”, disse o cardeal-patriarca em declarações reunidas pela Agência Ecclesia do Episcopado Português.
A cerimônia desta tarde tinha como tema ‘50 anos ao Serviço da Palavra’, por estar integrada nas comemorações do cinquentenário da ordenação sacerdotal de José Policarpo.
No dia da Igreja diocesana, que acontece anualmente por ocasião da festa da Santíssima Trindade, o patriarca de Lisboa indicou que “este mistério do amor trinitário define a natureza da Igreja e o dinamismo do seu crescimento e da sua fidelidade”.
"Este ano, em que celebro 50 anos de ministério sacerdotal, maior expressão da ternura de Deus por mim, tenho sentido, como hoje aqui, a beleza de uma Igreja que é comunhão”, acrescentou o purpurado.
José da Cruz Policarpo, recorda Ecclesia, nasceu no dia 26 de fevereiro de 1936 em Alvorninha, Caldas da Rainha, território do distrito de Leiria e patriarcado de Lisboa.
Sacerdote desde 15 de agosto de 1961, foi ordenado bispo em 1978 e é patriarca de Lisboa desde 1998, após a morte de Dom António Ribeiro. D. José Policarpo foi criado cardeal por João Paulo II em 2001.