Opositores ao regime de Fidel Castro celebraram em Havana uma Eucaristia em memória das vítimas da repressão e cujos corpos não puderam ser velados por seus familiares.

Segundo a agência AFP, a dissidente Martha Beatriz  Roque, assinalou que a Missa é para “cubanos que cairam no estreito de Flórida”, os que morreram fuzilados e os falecidos nas prisões, “e que não têm uma cruz”.

A Eucaristia foi celebrada na Paróquia do Rosário de Havana e coincidiu com a inauguração em Miami do Memorial Cubano, um cemitério onde  foram colocadas onze mil cruzes que simbolizam os cubanos mortos nas mãos do regime de Castro.

Acrescentou que o objetivo também foi solidarizar-se com os exilados em Miami, “e lhes dizer que aqui em Cuba também recordamos a estes mortos”.

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Roque dirige além disso a Assembléia para Promover a Sociedade Civil, que através de uma declaração escrita denunciou “a perseguição” que sofre María de los Ángeles Falcon por parte da polícia.

Junto a 74 dissidentes, Martha Roque foi condenada em abril de 2003 a 20 anos de prisão, mas foi solta aos 15 meses com uma licença extra penitenciária por motivos de saúde. Entretanto, afirmou que as autoridades cubanas não têm “nenhum interesse em modificar sua política de perseguição e repressão”.

Do mesmo modo, informou-se que um grupo de mulheres pertencentes às “Damas de Branco”, desfilaram pela Praça da Revolução mostrando no peito as fotos de seus maridos, dissidentes encarcerados pelo regime. As esposas entregaram uma carta reclamando anistia para os opositores.