Ao inaugurar a mostra artística "O esplendor da verdade, a beleza da caridade", organizada em sua homenagem, o Papa Bento XVI alentou a que na arte resplandeça a verdade e suscite nas pessoas o desejo de viver uma vida formosa de mãos dadas com Deus.

Em seu discurso ao inaugurar a mostra realizada por 60 artistas em homenagem pelos seus 60 anos de sacerdócio, localizada no átrio da Sala Paulo VI no Vaticano, o Santo Padre recordou que esta exposição se emoldura no âmbito do encontro do Papa com os artistas do passado 21 de novembro de 2009 na Capela Sistina.

Bento XVI destacou que com esta mostra que poderá apreciar-se até em 4 de setembro, "a Igreja e os artistas voltam a encontrar-se, a falar, a sustentar a necessidade de uma conversa que quer e deve ser cada vez mais intenso e articulado, também para oferecer à cultura, às culturas de nosso tempo um exemplo eloqüente de diálogo fecundo e eficaz, orientado a que nosso mundo seja mais humano e mais belo".

Seguidamente reiterou "a todos os artistas uma chamada amistosa e apaixonada: não separem nunca a criatividade artística da verdade e da caridade; não procurem jamais a beleza longe da verdade e da caridade. Pelo contrário, com a riqueza de sua genialidade, de seu impulso criativo, sede sempre com valor, buscadores da verdade e testemunhas da caridade".

"Façam que resplandeça a verdade em suas obras e que sua beleza suscite no olhar e o coração de quem as vê o desejo e a necessidade de fazer que toda existência seja formosa e verdadeira, enriquecendo-a com o tesouro que nunca se esgota e que faz da vida uma obra prima e de cada ser humano um artista extraordinário: a caridade, o amor".

O Espírito Santo, acrescentou, "artífice de todas as belezas do mundo vos ilumine sempre e vos guie à Beleza última e definitiva".

Ao final do discurso, o Santo Padre agradeceu aos artistas porque "trazeis ao mundo um raio desta Beleza, que é Deus".

Os autores, em sua maioria italianos, pertencem a diferentes categorias: pintura, escultura, arquitetura, fotografia, literatura, poesia, música, cinema e ourivesaria.

Do mundo lusófono o Papa recebeu a homenagem do sacerdote e poeta português, o Pe. José Tolentino Mendonça, quem apresentou um poema ao Santo Padre chamado ‘O Mistério está todo na infância’ e o brasileiro Oscar Niemeyer que esteve representado no evento com uma réplica da catedral de Belo Horizonte.

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