VATICANO, 5 de jul de 2011 às 16:09
Ao visitar esta manhã a sede do jornal vaticano L’Osservatore Romano (LOR) por ocasião de seu 150° aniversário, o Papa Bento XVI assinalou que para oferecer uma informação verdadeiramente humana é necessário ter em conta a justiça e a esperança.
Em seu discurso o Santo Padre disse que "a justiça, que respeita cada um e a esperança, que vê também as coisas negativas à luz da bondade divina da qual estamos seguros pela fé, ajudam a oferecer uma informação humana, humanística, no sentido de um humanismo que tem suas raízes na bondade de Deus. E assim não é apenas informação mas realmente uma formação cultural".
Bento XVI manifestou sua alegria de poder celebrar este aniversário e expressou sua gratidão pelo serviço que realizam os que conformam a equipe do LOR. A eles recordou que "ninguém pode informar sobre tudo. Inclusive os meios mais universais, por assim dizer, não podem dizer tudo: é impossível. É sempre necessária uma escolha, um discernimento".
"Por isso é decisivo na apresentação dos fatos o critério de seleção: nunca está o fato puro, está sempre uma escolha que determina o quê aparece e o quê não. E sabemos bem que as opções das prioridades são hoje, com freqüência, em muitos órgãos de opinião pública, muito discutíveis".
Para obter esta adequada seleção, disse o Papa, é necessário considerar o direito natural, "a cultura natural do homem concretizada na cultura romana com seu direito e o sentido de justiça; e por outra parte o Evangelho. Poderia dizer-se que com estes dois critérios, o do direito natural e o do Evangelho, temos como critério a justiça de uma parte e a esperança que vem da fé".
Em suas palavras o Pontífice renovou seu agradecimento aos membros do LOR por seu trabalho realizado "com paixão humana e cristã e com profissionalismo" e comentou que há muito tempo queria conhecer a sede do jornal vaticano
O escritório do LOR, disse logo, não é só isso, mas na verdade é um "observatório" como diz o nome do jornal, "para ver a realidade e informar-nos sobre ela" para ver as coisas "longínquas e próximas" para conseguir ver "verdadeiramente o mundo e não somente a si mesmos".
O Papa disse logo que o LOR não é apenas um jornal mas uma revista cultural, que "oferece grandes contribuições para compreender melhor o ser humano, as raízes das quais vêm as coisas e como devem ser compreendidas, realizadas, transformadas".