ROMA, 11 de jul de 2011 às 12:12
Cerca de cinqüenta militantes de grupos extremistas hinduístas irromperam violentamente na escola São José das Irmãs Canosianas de Belgaum (Índia), para obrigar as religiosas a admitirem dois filhos de um líder radical no colégio.
A agência Fides informou neste último 7 de julho que uma fonte da Igreja local qualificou de "absurdo" o acontecido, "porque os grupos extremistas hinduístas criticam e lutam com todos os meios possíveis contra o compromisso da Igreja na educação e no serviço social".
"É um sinal de esquizofrenia destes militantes radicais, muitas vezes responsáveis por ataques contra os cristãos. Mas, por outro lado, é também um reconhecimento implícito da excelente educação fornecida em nossas escolas", afirmou.
O fato ocorreu na cidade de Karnataka, na Índia sul-ocidental. Entretanto, a polícia e alguns pais de família impediram que a situação se agravasse.
À frente do grupo dos radicais estava Basangouda Sidramani, um dos líderes do partido nacionalista hindu Bharatiya Janata Party (BJP), que declarou a sua adesão ao "partido do poder" (o BJP está no governo em Karnataka) para impor sua vontade a irmã Thankam, diretora da escola.
As religiosas e os fiéis da paróquia onde se encontra a escola pediram a intervenção da polícia para garantir a segurança da instituição e o bom andamento das aulas e atividades escolares nas próximas semanas, afirmou também a agência vaticana Fides.