Diante da grave seca que afeta a Somália e as fortes chuvas que afetam algumas zonas do Nordeste da África, o Papa Bento XVI fez um chamado à comunidade internacional para que colabore com estas populações duramente afetadas.

Ao concluir a oração do Ângelus este domingo em Castelgandolfo, o Santo Padre disse que "com profunda preocupação sigo as notícias provenientes da região do Nordeste da África e em particular da Somalia, golpeada por uma gravíssima seca e ademais em algumas zonas, também por fortes chuvas que estão causando uma catástrofe humanitária. Inumeráveis pessoas estão fugindo dessa tremenda carestia em busca de alimento e ajuda".

Em sua última nota editorial, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, alentou a ajudar os somalis, que ao escapar aos países limítrofes enfrentam "extenuantes marchas a pé, sob a ameaça e os ataques dos predadores, e até de crianças atacadas por manadas de hienas".

"Há vinte anos –escreve o sacerdote– o país está sem guia”.
O Pe. Lombardi recordou ademais que nas costas deste país aumenta a pirataria e que “muitos agentes humanitários tiveram que abandonar seu compromisso pela violência e as ameaças das que são objeto".

Embora "o Papa recorde a Somália cada ano em seu discurso aos diplomatas, é difusa a sensação de que a opinião pública mundial, e a comunidade internacional, resignaram-se e abandonaram ao seu destino este desgraçado país".

Diante desta situação, o Santo Padre fez hoje um chamado "à mobilização internacional para enviar rapidamente ajuda a estes nossos irmãos e irmãs duramente provados, entre os quais há muitas crianças".

"Que não falte a estas populações sofredoras nossa solidariedade e a ajuda concreta de todas as pessoas de boa vontade", concluiu.

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