O Secretário Geral da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), afirmou que a Igreja Católica se aproxima dos grupos armados com um fim essencialmente pastoral, e assegurou que os acordos aos quais se chegue estão sujeitos à autorização do presidente da república, Juan Manuel Santos.

Em diálogo com a Rádio Caracol, Dom Córdoba expôs que a Igreja "celebra as aproximações e gestos de paz, sempre supondo mesas de trabalho e diálogo, tendo claro que tudo seja com a anuência do presidente e com as condições que ele tenha colocado".

O porta-voz da CEC recordou que entre as condições que põe o chefe de Estado para configurar uma mesa de diálogo estão o fato que não se inclua crianças no conflito, que se devolva a liberdade aos seqüestrados e o cessar fogo.

Do mesmo modo, ele esclareceu que "os Bispos podem ter qualquer tipo de encontro pastoral com quem quiserem", como o fazem sempre na qualidade de sacerdotes, mas "nenhum deles fará mesas de diálogo ou acordos" sem autorização do mandatário.

Sobre a aproximação que Dom Julio César Vidal teve no Bispado do Córdoba com grupos criminosos Emergentes, contou que "tudo ficou em diálogos privados que teve um pastor com seus rebanhos" sem chegar a questões concretas já que esperava a decisão do executivo.

Assim também, precisou que o traslado de Dom Vidal do Bispado de Córdoba à Diocese de Cúcuta (na fronteira com a Venezuela) não tem relação alguma com os contatos que o Prelado teve com integrantes destes grupos, mas "foi uma coincidência".

O Secretário Geral da CEC explicou que "Dom (Vidal) leva muitos anos em Cacería, mas aí houve uma sede vacante em Cúcuta pela morte de Dom Jaime Prieto, então se necessitava um pastor com experiência em trabalhos sociais".

"Dom Vidal era um dos candidatos", pelo trabalho que veio realizando; além disso, "sabe-se que já foi candidato de outras ternas para outros lugares", acrescentou. As ternas são listas de três candidatos como possíveis bispos para as sedes vacantes que é enviada ao Vaticano para a decisão do Papa.

O Prelado disse que "foi enviada uma terna a Roma e é o Papa quem o escolhe" e acrescentou que "foi duro seu trabalho em Cacería, mas (Dom Vidal) o realizou muito bem e acredito que por isso o Papa o escolheu para Cúcuta. Isso não tem nada que ver com o outro".

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