Durante a Missa de encerramento do ano jubilar pelo 375º do encontro da imagem de Nossa Senhora dos Anjos, Padroeira da Costa Rica, o enviado do Papa Bento XVI e Arcebispo de Monterrey (México), Cardeal Francisco Robles, disse que a fecundação in vitro profana a vida do não nascido.

Conforme informa o jornal La Nación a celebração da Missa, realizada no dia 2 de agosto na Basílica de Los Angeles na cidade de Cartago, contou com a participação da Presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla e de importantes autoridades governamentais e eclesiásticas.

Em sua homilia, o Cardeal Robles Ortega expressou que "afirmamos que todo ser humano, desde sua gestação, recebe a vida de Deus e somente Deus decide o seu fim. Tirar a vida do bebê em gestação é um assassinato".

O Cardeal assinalou que "cada novo ser concebido é portador de um destino único e irrepetível, o ser humano é uma realidade sagrada que não pode ser profanada, é um mistério que deve ser acolhido e respeitado".

Logo depois de ressaltar o papel da mulher na sociedade o Cardeal explicou que "a concepção e o aborto não pode ser uma decisão entre a mulher e seu médico pois ignoram o ser humano concebido" e acrescentou que "se esmagarmos os brotos, jamais existirão as árvores".

O enviado papal, quem entregou como presente um terço de ouro enviado pelo Papa, falou em seguida do processo legal apresentado dia 1 de agosto contra o Governo da Costa Rica perante a Corte Interamericana de Direitos humanos por ter proibido a técnica assistida de fecundação in vitro.

Depois de uma apertada votação de 26 votos a favor e 25 contra na câmara de deputados em junho de 2011, os legisladores da Costa Rica decidiram arquivar o projeto de lei que teria permitido a fertilização in vitro no país, devido a uma série de inconsistências na pretendida norma.

A doutrina católica se opõe à fecundação in vitro por duas razões primordiais: primeiro, porque se trata de um procedimento contrário à ordem natural da sexualidade que atenta contra a dignidade dos esposos e do matrimônio; segundo, porque a técnica supõe a eliminação de seres humanos em estado embrionário tanto fora como dentro do ventre materno, implicando vários abortos em cada processo.

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