O diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) no Paquistão, o Pe. Mario Rodrigues, denunciou que grupos terroristas como Al Qaeda estão usando o seqüestro para financiar suas operações, como foi o rapto em 26 de agosto do Shahbaz Taseer, filho do ex-governador de Punjab, Salman Taseer, que foi assassinado por lutar contra a lei de blasfêmia.

Conforme informou esta quarta-feira a agência vaticana Fides, o sacerdote disse que o seqüestro "alcançou níveis alarmantes" e afeta a todo tipo de pessoas sem importar a religião, por isso pediu "às autoridades civis e a polícia, seguir de perto e tomar medidas adequadas".

"No caso de Shahbaz Taseer há duas hipóteses: que seja um seqüestro para pedir resgate, a qual já circula nos meios de comunicação, ou que seja por vingança e chantagem para obter a liberação de Qadri, o assassino de seu pai, considerado um herói pelos grupos fundamentalistas islâmicos", explicou.

O sacerdote também mencionou o caso de Irvin John, um leigo católico da paróquia de São Lourenço em Karachi, "seqüestrado por um grupo terrorista por mais de um mês e posto em liberdade depois de três semanas de cativeiro, prévio pagamento de um abundante resgate".

"Todos estamos expostos a este risco", advertiu o Pe. Rodrigues, ao assinalar que esta prática "está ganhando terreno no Paquistão".

Segundo fontes de inteligência, no Paquistão há mais de 40 grupos terroristas conectados à rede dos talibãs ou Al Qaeda.

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