Roma, 9 de set de 2011 às 12:12
A Cáritas continua levando ajuda à Somália apesar das dificuldades que sofre esse país, como outros territórios da região chamada Chifre da África, devido à seca e à fome, que aumetaram o número de refugiados.
Suzanna Tkalec, da Catholic Relief Services e assistente do presidente da Cáritas na Somália, Dom Giorgio Bertin, Bispo de Yibuti e Administrador Apostólico de Mogadiscio, encontra-se em Yibuti para realizar uma avaliação sobre a situação dos refugiados somalis recebidos pelo país.
"Nossas operações em Mogadiscio encontram vários obstáculos, mas fazemos todo o possível para levá-las adiante. Em outras áreas a situação é mais fácil", assinala Tkalec à agência vaticana Fides.
Do mesmo modo, Tkalec indica que o número de somalis refugiados em Yibuti cresceu de 8 mil a 18 mil, que são recebidos no campo de Ali Addeh.
"Para descongestionar o acampamento de Ali Addeh, o governo de Yibuti tem a intenção de reabrir o acampamento de refugiados de Holl Holl, fechado em 2006", indica a responsável pela Cáritas.
Os refugiados se dividem entre Etiópia, Yibuti e Quênia, embora a maioria de somalis esteja no Quênia. Enquanto uma parte dos acentuados na Etiópia estão retornando à Somália.
Segundo um relatório atualizado da Unidade de Análise para a Segurança nutricional da ONU, "quatro milhões de pessoas sofrem na Somália, com 750 mil em risco de morrer durante os próximos 4 meses, em ausência de uma resposta adequada", além disso, "na região são dezenas de milhares as vítimas pela fome, e mais da metade são crianças".
"Na região de Bay, no sul da Somália, o nível de desnutrição é agudo e as taxas de mortalidade superaram o limiar da fome", sublinha o relatório.
A crise é mais aguda no centro e sul da Somália, enquanto que na Somalilandia e Puntlandia (norte da região central com as administrações autonômicas) a preocupação é menor porque as organizações de ajuda podem operar de forma mais segura que no resto do país.