Roma, 4 de out de 2011 às 13:13
Haroon Barkat Masih, presidente da Fundação Masihi, qualificou de "valente" a decisão do tribunal antiterrorista do Paquistão de declarar culpado Malik Mumtaz Hussain Qadri pelo assassinato do ministro para as minorias religiosas Salman Taseer. Masih porém rechaçou que sua condenação à pena de morte.
"Opomo-nos à pena de morte e não nos alegra este veredicto. Apoiamos o trabalho do poder judicial: é uma decisão muito valente por parte do tribunal. Pela primeira vez no Paquistão, uma pessoa implicada em um assassinato de alto perfil foi condenada", afirmou o presidente da fundação dedicada a defender aos cristãos.
Conforme informou este sábado a agência Fides, Masih advertiu que Qadri "foi considerado um herói" pelos extremistas muçulmanos. "Temos que erradicar as causas que levaram este homem a cometer um delito. Promovamos o respeito das pessoas, das religiões, de todos os direitos. Todos devemos trabalhar juntos para uma sociedade mais tolerante", expressou.
O presidente da entidade recordou que Taseer "foi um defensor da reforma da lei sobre a blasfêmia e foi silenciado por suas opiniões". "Não tinha ofendido a ninguém, mas só pediu que o rechaço a uma lei promulgada por um ditador: é uma lei que cria uma atmosfera asfixiante, não só para os não muçulmanos, mas também para os muçulmanos deste país", assinalou.
Qadri era guarda-costas de Taseer e o assassinou no dia 4 de janeiro devido ao fato que o ministro se opunha à lei de blasfêmia. Segundo a declaração, ele atuou de acordo com os princípios do Corão e após um clérigo acusasse o líder cristão de blasfemar.