ROMA, 28 de fev de 2005 às 16:47
Em declarações ao jornal italiano La Stampa, o Cardeal Julián Herranz, Presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, esclareceu a quem fala de uma eventual renuncia de João Paulo II, que o Papa não dirige uma corporação como “Coca Cola ou General Motors”, mas sim conduz a Igreja.
O Cardeal explicou que “as pessos se perguntam por que o Papa não renuncia como o fazem os dirigentes dessas companhias. É que ignoram que existem duas missões no seio da Igreja: a canônica e a divina”.
O Santo Padre, acrescentou, não é o presidente “de uma multinacional”. “A missão canônica é um ato jurídico através do qual se confere um encargo ou um governo. A missão dos bispos é tipicamente canônica. Um bispo assume a direção de uma diocese porque o Papa a conferiu”, explicou.
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“Para o Papa a situação é diversa. O poder soberano do Pontífice deriva de Cristo e sua missão como seu vigário sobre a terra é divina. O Sumo Pontífice não deve responder a nenhum ser humano, por isso sua missão é divina”, afirmou.
Para o Cardeal espanhol, o Papa não renunciará seu cargo, que foi “confiado Por Deus” até que morra.