QUITO, 27 de out de 2011 às 13:36
O Presidente da Conferência Episcopal Equatoriana (CEE), Dom Antonio Arregui, advertiu que o projeto de Código Orgânico Penal Integral apresentado pelo Governo afetará a liberdade religiosa dos ministros de culto, ao proibir que se expressem livremente sobre questões que tenham que ver com a vida pública do país.
"Há uma proposta concreta de sancionar os ministros de qualquer culto quando se definirem por favorecer ou hostilizar partidos e movimentos políticos. É claro que se trata de uma discriminação por motivos religiosos, pois se proíbe ao ministro o que é permitido a todos os outros, privando-lhe de sua igualdade ante a lei", assinalou em um comunicado enviado na terça-feira à agência ACI Prensa do grupo ACI em espanhol.
Dom Arregui indicou que isto causou alarme entre os bispos do país. Disse que embora seja necessário debater uma reforma penal, esta deve dar-se "sem a insistente aparição de projetos animados por ideologias extremas".
Nesse sentido, assinalou que o projeto entregue à Assembléia Nacional está sendo estudado pela CEE para "iluminar essa normativa com as luzes do Evangelho".
"Confio em que seja útil para o critério dos católicos e de outras pessoas de boa vontade. Não se pretenderá entrar na arena da luta política, a favor ou contra grupo algum. Simplesmente, estamos convencidos de que o país iria muito melhor se todos nos empenhássemos em modelar suas instituições com inspiração evangélica", afirmou.
Este código também é questionado por meios de imprensa locais, que advertem que a liberdade de expressão no Equador seria recortada.