Logo do êxito da Jornada Mundial da Juventude celebrada em Madrid em agosto, na que participaram fiéis, bispos e cardeais, entre eles o Arcebispo de Barcelona, Cardeal Lluís Martínez Sistach, os abortos nos hospitais da Cataluña nos quais a Igreja tem presença oficial ainda não cessaram.

Assim o afirmou o Pe. Custódio Ballester, Pároco da Imaculada Concepção do Hospitalet del Llobregat, em Barcelona, em entrevista concedida ao grupo ACI em 4 de novembro.

"O governo catalão publicou as estatísticas de hospitais que praticaram abortos durante 2010, onde não figura o Hospital de San Pablo, entretanto a inclusão nesta lista foi voluntária", assinalou.

Ballester denunciou que "o Hospital de San Pablo não quer sair na relação de centros abortistas, mas segue fazendo abortos, tal como me disse o Pe. Josep Forcada", que é membro da junta de diretores do centro médico natural de Barcelona.

Os outros hospitais das dioceses sufragâneas de Terrassa e Sant Feliu, abertamente seguem permitindo que os hospitais com autoridades da Igreja em sua direção realizem abortos.

"O Hospital Geral de Granollers (na Terrassa) anuncia ainda em seu site que apóia a ‘anticoncepção de emergência’ dos Centros de Atenção Primária com o fármaco abortivo Levonorgestrel", precisou o pároco.

De acordo com Ballester, o centro médico "também detalha que realiza detecção precoce de má formações fetais com o único propósito de abortar, como eles mesmos declararam em várias ocasiões".

"A direção do hospital se negou a deixar de realizar abortos cirúrgicos ante o requerimento do bispo de Terrassa, Josep Angel Saiz Meneses, em outubro passado. Depois disto tudo segue igual e o bispo não tem feito nem dito nada mais", remarcou.

Enquanto isso, no Hospital Comarcal de St. Celoni, de cuja junta diretiva demitiu exemplarmente o Pe. Ignasi Fuster, "os três membros nomeados pela paróquia na Junta da Adminsitração seguem em seus cargos porque se negaram a secundar a decisão do pároco e publicamente o desautorizaram", referiu Ballester.

"Neste caso, o bispo da Terrassa ainda segue calado", lamentou o presbítero.

Sobre o Hospital Materno-infantil de San Juan de Dios de Esplugues, na diocese do Sant Feliu, cujo escritório de imprensa negou em um comunicado, no mês de julho, qualquer prática abortiva, o sacerdote natural de Barcelona manifestou que as práticas anti vida neste centro médico continuam.

Uma mãe da paróquia de Custódio Ballester se aproximou da clínica para consultar o que fazer se não queria deixar de ter filhos. "Disseram-lhe que traga um certificado de seu médico e que lhe fariam uma ligadura de trombas", assinalou.

"Quando consultou o que fazer se estava grávida e não queria estar, responderam-lhe: se estiver de poucas semanas, venha ao setor de emergências do Hospital e isso (referindo-se ao nascituro) lhe será tirado".

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