O Bispo copto católico de Giza (Egito), Dom Antonios A. Mina, assinalou que a polícia e os militares "não têm direito" de ameaçar as vidas daqueles que protestam pacificamente na Praça de Tahrir desde o último 18 de novembro.

Em declarações à organização internacional católica Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), o Prelado disse que "usar a violência contra pessoas pacíficas é inaceitável" e por isso "as autoridades devem explicar suas ações".

As declarações do Bispo ocorrem no marco da repressão por parte do governo militar dos protestos comparados aos que levaram à renúncia do presidente Hosni Mubarak em fevereiro.

Os últimos protestos tiraram dezenas de milhares de pessoas às ruas, das quais 26 foram assassinadas e muitas outras feridas. "As autoridades não têm direito a disparar contra gente pacífica" e advertiu que as forças da ordem "não aprenderam a lição de que se disparam em alguém o povo simplesmente vai reagir".

Os que protestam exigem o fim do governo militar que no dia 22 de novembro aceitou a renúncia do primeiro-ministro Essam Sharaf e seu gabinete, para conformar um novo pela formação de uma nova administração rumo ao regime civil em julho de 2012.
"Os jovens que começaram a revolução (contra Mubarak) já não confiam nas autoridades, especialmente as militares. Estavam cheios de esperança quando começou a revolução e agora já não a têm".

Em outubro do ano passado o governo reprimiu uma marcha pacífica de cristãos coptos na qual morreram 35 pessoas e outras 300 resultaram feridas, levando a polícia a ser acusada de atacar os que protestavam com a ajuda dos extremistas muçulmanos.

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