RIO DE JANEIRO, 28 de nov de 2011 às 14:54
O concurso de fotografias Vida em Movimento chegou ao seu fim este sábado 26 de novembro. O concurso é uma iniciativa do Centro de Estudos Culturais (CEC) — uma associação vinculada ao Movimento de Vida Cristã (MVC) no Brasil— criado para propor uma reflexão sobre a vida humana, a partir da concepção até seu fim natural.
“A vida é o primeiro dos bens recebidos de Deus, e constitui o fundamento de todos os outros.” A frase dita pelo Papa Bento XVI reflete a proposta do concurso de fotografia Vida em Movimento, afirma a nota da arquidiocese do Rio que destacou o evento em sua página web.
Desde maio, quando o “Vida em Movimento” foi lançado, mais de 150 fotos de todo o Brasil participaram e as 25 melhores foram selecionadas para a grande final. Não precisava ser profissional da área para participar. Uma das organizadoras, Stephania Figueiredo, explicou que fazer o concurso foi uma forma de atingir várias pessoas:
“Quisemos chegar ao tema através de uma iniciativa cultural e assim ir mais além: atingir a qualquer pessoa. Qualquer um podia participar, desde que a foto seguisse a idéia de “Vida em Movimento”, afirmou.
Durante a cerimônia, que reuniu cerca de 75 pessoas, o membro da comissão organizadora, Enrico Andriolo, deu as boas vindas, agradeceu o empenho de todos e fez um pequeno balanço desses seis meses de concurso:
“Queríamos promover a vida e a dignidade e acho que cumprimos a nossa missão, disse Enrico.
Andriolo frizou que a premiação é apenas uma etapa do concurso. Daqui para frente as 25 fotos finalistas irão compor uma exposição itinerante, que percorrerá shoppings e paróquias de todo o país.
Durante o evento, que também contou com apresentações musicais, o diretor geral do CEC no Brasil, Martín Ugarteche, falou sobre o significado da palavra cultura e o objetivo do concurso:
“Cultura quer dizer cultivar. O modo como o povo cultiva a sua relação com a natureza entre si e com Deus, de modo que possa chegar à plenitude humana. E entende-se como natureza não só as plantas, mas a natureza humana. (...) As vezes pensamos que cultura é algo erudito, mas ela abrange toda a totalidade da vida de um povo. Esse concurso vem resgatar o valor da vida, de uma cultura. Uma cultura que desvaloriza a vida tende a desaparecer, disse Martín.
Após as palavras de Ugarteche foi apresentado um vídeo com todas as fotos finalistas, seguido pelas justificativas de cada retrato. Todos os finalistas receberam, das mãos de Enrico Andriolo, um certificado de participação.
Diante da difícil escolha do vencedor, as cinco melhores fotos ganharam uma placa de menção honrosa. Mas a grande vencedora, a foto “Corrida para a Vida”, de Liane Giesel — que, infelizmente, não pôde comparecer e foi representada por uma amiga — ganhou uma câmera profissional da Canon, com acessórios.
A foto de Liane mostrava uma criança no Jardim Botânico, em um corredor de palmeiras imperiais. A menina corria em direção ao chafariz do parque e, ao fundo, a imagem do Morro do Corcovado com o Cristo Redentor.
“A comissão julgadora entendeu que essa foto representava exatamente a nossa proposta. Uma criança correndo em linha reta, o que representa o caminho da vida, ela tem um longo caminho pela frente. E no meio do caminho tem água. E no final desse caminho, o encontro com Deus”, ressaltou Enrico Andriolo.
No palco do auditório, a coroa do advento, com as quatro velas, anunciava ao público presente que é tempo de se preparar para o nascimento do menino Jesus. Após a cerimônia de entrega do prêmio à foto vencedora houve uma pequena liturgia, conduzida pelo membro do Movimento de Vida Cristã, Márcio Moreira da Silva, na qual a primeira vela da coroa foi acesa.
“Para nós, é emblemático podermos comemorar o início do advento hoje. O advento, assim como o nosso concurso, fala da vida. O advento fala do nascimento de Jesus”, recordou Andriolo na nota divulgada pelo Portal da Arquidiocese carioca.