RIO DE JANEIRO, 14 de dez de 2011 às 17:26
Depois de uma intensa jornada de trabalho em Roma a equipe do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio 2013 liderada pelo arcebispo Dom Orani João Tempesta, retornou ao Rio esta quarta-feira com as datas (23 a 28 de julho de 2013) e a logomarca do evento aprovadas pelo Pontifício Conselho para os Leigos. Um dos membros do COL, Monsenhor Joel Portella afirmou entretanto que nem os locais para os atos centrais do evento nem o lugar da hospedagem do Papa foram definidos na ocasião.
Depois da especulação feita por alguns meios de imprensa de que após a reunião em Roma com o Pontificio Conselho para os Leigos teria sido definido que o Papa se hospedaria no Centro de estudos do Sumaré durante sua estadia no Rio em 2013, Monsenhor Portella fez questão de destacar que “o problema é que as coisas não acontecem deste modo”.
“Para o Santo Padre, existem outros organismos da Santa Sé, que não apenas o Pontifício Conselho para os Leigos. Este Conselho cuida da Jornada”, explicou.
“Outros organismos cuidam da vinda do Papa, do horário de chegada, do local de hospedagem e da programação que o Papa vai cumprir. Eu imagino que a referência ao Centro de Estudos do Sumaré tenha sido apenas uma lembrança de que o Santo Padre João Paulo II, quando veio ao Rio, ficou hospedado lá. Mais do que isso é pura divagação”, asseverou Mons. Portella.
Segundo a página oficial da JMJ, estão previstas ainda outras duas reuniões das equipes de Roma e do Rio para o ano que vem: a primeira será no Rio de Janeiro, no final de fevereiro de 2012, e a outra, de 28 de março a 1º de abril, em Roma.
Participaram da reunião o presidente do Pontifício Conselho para os leigos, Cardeal Stanislaw Rilko, os subsecretários, o Setor Juventude e um representante da Fundação João Paulo II. Pelo COL estavam o arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, os bispos-auxiliares que acompanham mais de perto a Jornada, Dom Antonio Augusto Dias Duarte e Dom Paulo Cezar Costa, pela coordenação geral monsenhor Joel Portella Amado e os padres Márcio Queiroz, Marcos William Bernardo e Renato Martins.
Em entrevista dada ao departamento de comunicação da arquidiocese do Rio Monsenhor Joel explicou que a reunião foi para unir dois elementos importantes em uma Jornada.
“De um lado, a experiência do Pontifício Conselho, que desde a primeira Jornada, em âmbito mundial, em 1987, tem a responsabilidade sobre as elas. Como organismo da Santa Sé, o Pontifício Conselho é o responsável pelos eventos que dizem respeito a toda a Igreja. De outro lado, temos a realidade local, no caso, o Rio de Janeiro. Somos nós os cariocas que conhecemos a cidade, com suas características. Cabe a nós concretizar o espírito da Jornada na realidade específica do Rio de Janeiro”, afirmou.
A reunião teve como finalidade maior permitir que o Pontifício Conselho conhecesse algumas propostas que a Arquidiocese do Rio tem para a Jornada e verificasse se estas propostas estão de acordo com a identidade da Jornada. “Para o COL, a reunião ajudou a confirmar que estamos no caminho certo”, afirmou o coordenador.
Mesmo aprovada, a Logo só será divulgada após a conclusão dos trâmites da legislação brasileira, com todos os procedimentos legais necessários. Assim que for possível, o Setor de Comunicação, responsável pelo concurso, providenciará a divulgação.
Os locais onde serão realizados os atos centrais ainda não foram decididos.
“A Arquidiocese do Rio de Janeiro apresentou ao Pontifício Conselho inúmeras possibilidades para que aquele Dicastério com a experiência que tem, pudesse indicar se estamos no caminho certo ou não. No momento, não existe nenhuma definição de lugares, pois agora é o momento da Arquidiocese do Rio conversar com os organismos dos governos federal, estadual e municipal para concretizar os locais”, enfatizou Monsenhor Portella.
Ele lembrou ainda que esta não será uma escolha fácil e que ela não poderá ser feita em uma única reunião, pois são muitas as implicações: “Imagine uma área capaz de acolher todos os peregrinos, transportes, infraestrutura e tudo mais. As autoridades civis têm que necessariamente ser ouvidas e a decisão tomada com cautela e tranquilidade”.
Ele ressaltou também que a Jornada não se restringe a estes momentos ‘maiores’. Eles dão visibilidade à Jornada, mas ela contém muitos outros eventos, como encontros catequéticos, momentos de oração, atividades missionárias. “Aqui se aplica o famoso ditado da ponta dos icebergs: vemos só uma parte, a que mais aparece. Por baixo da água, onde não se vê com facilidade, há muito mais”, pontuou.