O Papa Bento XVI fez um especial chamado ao diálogo para obter a paz na Colômbia ante o conflito interno neste país e expressou sua proximidade e solidariedade para com todos os seqüestrados e seus seres queridos.

Ontem pela tarde na sede do Episcopado da Colômbia, o Secretário Geral deste organismo, Dom Juan Vicente Córdoba, leu uma mensagem na qual afirma que o Papa dirige nestes dias prévios ao Natal "seu pensamento e oração a essa amada terra colombiana, de modo especial a todos os militares, policiais e civis em cativeiro".

No texto assinado pelo Secretário de estado Vaticano e com data 12 de dezembro, o Papa assegura a todos os seqüestrados "que a igreja continuará elevando a Deus sua fervente súplica e trabalhando em favor de sua liberdade".

Bento XVI pede também ao Senhor "pela conversão de seus captores, e para que se abram caminhos de diálogo para que se possa chegar à paz que o povo colombiano tanto deseja".

O Papa ressalta ademais que nenhuma "reivindicação política ou social autêntica" justifica o seqüestro e expressa sua solidariedade para com os familiares dos reféns.

Finalmente encomenda os colombianos à proteção da Virgem Maria e os alenta a viver a esperança como Ela para "enfrentar com heróica coragem as difíceis provas do tempo presente".

A mensagem do Papa é divulgada duas semanas depois de que as FARC assassinassem a sangue frio a quatro militares seqüestrados há mais de dez anos. Um quinto refém conseguiu escapar da matança e disse, já em liberdade, que perdoava os seus captores e que durante os anos sem liberdade foi a fé que o sustentou.

Novena pelos seqüestrados

Na sede da Conferência Episcopal da Colômbia, onde leu o comunicado do Papa, Dom Juan Vicente Córdoba pediu aos colombianos que a tradicional Novena de Natal que é rezada todos os anos entre 16 e 24 de dezembro, seja oferecida desta vez pela libertação de todos os seqüestrados.

Deste modo reiterou a abertura dos Bispos do país para mediar no diálogo com os grupos armados –como a guerrilha terrorista das FARC– e precisou que só o farão com a devida autorização do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.

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