BOGOTÁ, 15 de dez de 2011 às 14:38
A Procuradoria Geral da Nação (PGN), impugnará a adoção de dois menores de 9 e 13 anos por parte do jornalista americano Chandler Ellis Burr pelo fato de que este tenha ocultado sua condição de homossexual e assim não permitiu que fosse avaliada convenientemente sua idoneidade para converter-se em pai das duas crianças.
Em um comunicado de 13 de dezembro, a PGN informou que suas objeções se devem ao fato que na Ata de Valoração das crianças, solicitada pela Defensoria da Família, a psicóloga recomendou a adoção "apesar de que persistiam dúvidas sobre o conhecimento e manejo de sua orientação sexual".
Do mesmo modo, no Relatório de Avaliação Clínica-psicológica de Chandler Burr, colunista do jornal americano New York Times, "evidencia-se contradições em relação à vigência de suas relações de casal com pessoas do mesmo sexo".
Além de anunciar a impugnação do processo, a PGN pediu ao Instituto Colombiano de Bem-estar Familiar (ICBF) realizar "um seguimento mensal mais minucioso a este caso" e "revisar o trâmite outorgado às solicitudes de adoção provenientes de famílias monoparentais e solicitantes solteiros".
Parte do lobby gay
Uma fonte consultada pelo grupo ACI assegurou que este caso é parte "do lobby gay internacional, que fez que os meios de comunicação, o Departamento de Estado dos Estados Unidos, a embaixada americana na Colômbia, o Governo Colombiano e, posteriormente, o ICBF terminasse dando em adoção dois menores de idade, com certo atraso mental e uma situação de pobreza, educação, etc. muito difícil".
A fonte advertiu deste modo que isto abre "assim a porta à adoção gay na Colômbia, constituindo o antecedente perfeito para a decisão que está pendente na Corte Constitucional desde o início do ano, de um casal de lésbicas que querem que a lésbica não-mãe adote a filha de sua companheira".
"Não é o caso ideal"
Por sua parte, o Secretário Geral da Conferência Episcopal Colombiana (CEC), Dom Juan Vicente Córdoba, pediu ao ICBF tomar com mais cuidado estas solicitudes porque dar à adoção uma pessoa com tendência homossexual "não é o caso ideal".
O bispo recordou que antes de aprovar uma adoção deve-se estudar as condições que brindam os postulantes, como o quadro familiar, o afeto paterno e materno, a segurança e garantia dos menores adotados, além das condições psicológicas, emocionais e afetivas e inclusive espirituais.