REDAÇÃO CENTRAL, 16 de jan de 2012 às 09:08
Um dos principais líderes pró-vida do Uruguai denunciou que os promotores do aborto nesse país querem aprovar esta prática "do jeito que for", logo que no último 27 de dezembro os senadores deram a meia sanção ao projeto que em março será votado na câmara dos deputados.
Em comunicação telefônica com o grupo ACI no último 13 de janeiro, o Secretário Executivo da Pastoral para a Vida e a Família no Uruguai, Víctor Hugo Guerrero, assinalou que os senadores deveriam sair de férias no dia 15 de dezembro, mas já que "parece existir uma ordem de não se sabe exatamente quem para aprovar o aborto do jeito que for", foi convocada uma sessão extraordinária.
A sessão foi realizada no dia 27 de dezembro e durou 9 horas. Apenas um dos senadores do Frente Amplo, o partido de governo, saiu da câmara para não votar a favor do projeto –que despenaliza o aborto até a 12ª semana de gravidez– foi finalmente aprovado por 17 votos a favor e 15 contra.
Guerrero disse ademais que o Uruguai "não precisa, em absoluto, de uma lei que aprove o aborto", ao contrário é preciso "fazer que se respeite as leis que já existem" como aquela que sanciona os médicos que o praticam e os lugares onde são realizados.
Uruguai, disse o líder pró-vida, requer também que se aprovem projetos que respirem a maternidade, "que ajudem aos mães que têm que trabalhar para que seus filhos estejam reguardados" e às grávidas.
Guerrero explicou deste modo que este tipo de normas que os promotores do aborto querem aprovar não são convenientes para o país já que "é necessário ajudar o Uruguai profundo, que se alente a que haja mais população e melhores condições de vida para os cidadãos".
Víctor Hugo Guerrero expressou logo sua satisfação pelo apoio de todos e cada um dos bispos do Uruguai à causa da defesa da vida, expressa em várias ocasiões como na carta que enviaram ao senado no último 5 de dezembro.
Na missiva os prelados respaldaram a denúncia realizada por Guerrero e sua esposa Gabriela López no dia 29 de novembro no senado, sobre o fato que existem interesses internacionais para despenalizar o aborto no país.
A carta dos bispos do Uruguai expressa "a posição da totalidade dos Bispos que integramos a Conferência Episcopal do Uruguai (que está) em sintonia com o magistério da Igreja Católica em todo mundo", que defende a vida em todas suas fases, desde a concepção até a morte natural, e rechaça o aborto.
O aborto provocado é a eliminação ou assassinato de um ser humano dentro do ventre da mãe. A doutrina católica e a lei natural coincidem em que nunca tem justificação pois ninguém tem direito a decidir sobre a vida de outra pessoa, menos a dos mais débeis e inocentes; os não nascidos.