O Presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Arcebispo Claudio María Celli, exortou os fiéis a renovarem o anúncio de Cristo no mundo através do silêncio e a palavra, com motivo da festa de São Francisco de Sales celebrada ontem.

O Arcebispo presidiu uma Missa em honra ao patrono dos escritores e dos jornalistas na igreja da Santa Maria in Transpontina.

Na celebração também participaram o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, e o diretor da Livraria Editrice Vaticano, Dom Giuseppe Costa.

Posteriormente, do Sala João Paulo II do Vaticano, Dom Celli apresentou junto às autoridades de seu dicastério o tema da Mensagem que o Papa Bento XVI dirigiu pela Jornada Mundial das Comunicações Sociais que será celebrada em maio: "Silêncio e Palavra: Caminho de evangelização".

A autoridade vaticana explicou que os evangelizadores devem saber que "o silêncio e a palavra são elementos essenciais e integrantes do atuar comunicativo da Igreja, para uma renovação do anúncio de Cristo ao mundo contemporâneo".

Ele convidou a cultivar a mediação cultural com "a poesia, a música e a escultura isto pode ajudar o homem a escutar e descobrir a outros e a si mesmo", disse.

Além disso, recordou aos jornalistas que é necessário reinventar no mundo da comunicação, e lamentou que em ocasiões, algumas transmissões sejam "com todo meu respeito, falsas".

O Prelado indicou que o site dirigido pelo dicastério, news.va, conta com uma média de oito a dez mil visitas por dia, provenientes de 180 países do mundo. Seus principais seguidores provêm dos Estados Unidos, Europa, Canadá, Brasil, México e Argentina.

Por outro lado, Dom Celli acrescentou que Facebook se converteu na ferramenta principal para chegar a novas pessoas, e o dicastério conta com mais de 18 mil seguidores no Twitter.

Atualmente, "estamos vendo que pouco a pouco se freqüenta cada vez mais as várias línguas disponíveis –inglês, italiano, e espanhol-, e esperamos que em pouco tempo se amplie ao francês e ao português", assinalou.

Por outro lado, o Prelado sublinhou que na cultura atual, "existe o risco de não escutar a pergunta do próximo e de tratar de impor respostas pré-fabricadas". "É no silêncio onde pode florescer o diálogo entre aquele que faz a pergunta e aquele que busca responder", por isso o silêncio "converte-se cada vez mais importante no contexto do fluxo de perguntas que em um certo sentido é o motor da cultura moderna da comunicação".

"O silêncio nos permite escutar bem as pergunta s para discernir sobre aquilo que se busca comunicar", acrescentou.

Dom Celli indicou que a mensagem do Papa se abre a todos aqueles que formam parte do caminho da Igreja, e parte deste chamado é o silêncio, que "oferece-nos uma forte meditação e reflexão,".

"O Deus da revelação bíblica fala também sem palavras", e "como mostra a cruz de Cristo, Deus fala por meio de seu silêncio", é mais "em seu silêncio, a Cruz fala da eloqüência do amor de Deus vivido até a doação suprema", disse.

Finalmente, Dom Celli explicou que o silêncio "reforça a relação e o laço entre duas pessoas", e concluiu que através do silêncio se encontra a verdade que é Deus.

"No silêncio consigo entender que é no próximo onde me encontro a mim mesmo", concluiu.

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