WASHINGTON DC, 26 de jan de 2012 às 10:39
400.000 pessoas de todo o país se reuniram na segunda-feira 23 de janeiro em Washington DC na célebre Marcha pela Vida que a cada ano pede pelos não nascidos nos Estados Unidos. Como já é tradição os grandes meios de comunicação ignoraram o evento.
A reunião congregou a jovens, mulheres, homens e crianças de todo o país que durante várias horas suportaram intenso frio, neblina e até chuva enquanto percorriam as principais ruas da capital americana até a sede do Capitólio.
A marcha foi realizada um dia depois do aniversário número 39 da decisão judicial Roe V. Wade da Corte Suprema que legalizou o aborto nos Estados Unidos.
Os manifestantes se reuniram no National Mall para escutar as dissertações de deputados e líderes pró-vida.
O Presidente da Câmara de Representantes, John Boehner (Republicano-Ohio), afirmou aos manifestantes que "a vida e a liberdade" são dois princípios fundamentais que se entrelaçam para "formar o núcleo de nosso caráter nacional."
"Quando afirmamos a dignidade da vida, afirmamos nosso compromisso com a liberdade", disse. Quando não somos capazes de defender a vida, "a liberdade se vê diminuída."
Boehner –que tem 11 irmãos– pronunciou umas palavras de abertura na marcha, nas quais recordou que "a vida humana não é uma mercadoria política ou econômica", acrescentou que a defesa da vida "não é uma questão de partido" mas tema de princípios.
Por sua Marcha, o deputado Chris Smith (Republicano-Nova Jersey), explicou ante a multidão que a morte violenta de crianças inocentes "não é um valor americano".
Ele agradeceu aos presentes na marcha pela seu "abnegada luta pela oração, o jejum e as obras" para participar do que ele chamou "o maior movimento de direitos humanos na terra."
Imprensa em silêncio
Os cantos e gritos dos manifestantes se escutaram em toda o percurso mas foram ignorados por meios importantes como o jornal New York Times.
Kristen Walker, vice-presidenta da organização pró-vida New Wave Feminists, disse que há quem "queir faze-nos acreditar que quase meio milhão de pessoas tomando as ruas cada ano pelo aniversário da decisão Roe Vs. Wade não é de interesse jornalístico porque ocorre todos os anos".
Além disso, denunciou que há outros meios como o Washington Post que deram certa cobertura ao evento, mas reduzindo-o a um enfrentamento com os abortistas e alguns comentários em seus blogs online.
O Washington Post "manipulou um evento no qual centenas de milhares de americanos livres de todo o país se reuniram na capital de sua nação para fazer que sua voz seja ouvida, e o apresentou como um pequeno e feio confronto entre fanáticos".
Segundo Walker, a intenção da imprensa secular majoritariamente abortista é apresentar os pró-vida como "um grupo marginal de fanáticos" e desmoralizar os organizadores.
"Quase todos os canais, jornais e revistas são a voz a favor do aborto. Estamos em inferioridade numérica, mas não nos calaremos. A chave para ganhar a guerra da informação quando se trata do aborto está nos novos meios de comunicação" como as redes sociais.