Diante do ilhares de peregrinos que se reuniram hoje na praça de São Pedro no Vatiacano, Bento XVI pediu hoje pelo  “dom da paz” para Terra Santa, libertando simbolicamente duas pombinhas brancas desde a janela do seu apartamento, como símbolo deste pedido. O gesto o foi apresentado pelo Papa como “um sinal de paz para a cidade de Roma e para o mundo inteiro”.

As pombas foram transportadas por duas crianças da Ação Católica romana, seguindo uma tradição iniciada em 1985, e a sua libertação não correu conforme o previsto, num momento inicial, o que levou Bento XVI a comentar que as aves não queriam deixar “a casa do Papa”, relata a agência ecclesia do episcopado português.

Na sua catequese, Bento XVI convidou a refletir sobre o “poder de Deus”, que apresentou como “serviço, humildade, amor”, em contraponto às ideias de “domínio” e “sucesso”.

Falando sobre o Evangelho deste domingo Bento XVi disse que a passagem nos apresenta Jesus, que no dia de sábado, pregou na sinagoga de Cafarnaum, a pequena cidade junto ao lago da Galiléia onde viviam Pedro e seu irmão André. “Ao seus ensinamentos, que desperta a admiração do povo, segue a cura de "um homem com um espírito imundo" (v. 23), que reconhece Jesus como o "santo de Deus", o Messias. Em pouco tempo, sua fama se espalhou por toda a região, anunciando que ele viaja proclamando Reino de Deus e curando os doentes de todos os tipos: palavra e ação”, sublinhou.

“A autoridade divina não é uma força da natureza. É o poder do amor de Deus que cria o universo e, encarnando-se no Filho Unigênito, descendo na nossa humanidade, purifica e restabelece o mundo corrompido pelo pecado”, explicou Bento XVI. Como escreve Romano Guardini, “toda a existência de Jesus traduz a potência da humildade… a soberania que se abaixa à forma de servo”.

O Papa explicou que para Deus, a autoridade "significa entrar na lógica de Jesus que se inclina para lavar os pés dos discípulos, que procura o verdadeiro bem do homem, que cura as feridas, que é capaz de um amor tão grande (ao ponto) de dar a vida, porque é o Amor".

No contexto do Dia Mundial dos Leprosos, instituído pela Organização das Nações Unidas, em 1954, a pedido de Raoul Follereau, a intervenção papal quis deixar uma palavra de “encorajamento” a todas as pessoas afetadas pela doença e a todas quantas as assistem. Bento XVI apelou a um compromisso para “eliminar a pobreza e a marginalização, verdadeiras causas da persistência do contágio” pela lepra.

Bento XVI recordou também o Dia Internacional de intercessão pela paz na Terra Santa.
“Em profunda comunhão com o Patriarca Latino de Jerusalém e o Custódio da Terra Santa, invoquemos o dom da paz para aquela Terra abençoada por Deus”, pediu o Papa.

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