LINCOLN, 1 de fev de 2012 às 11:39
Um bispo dos Estados Unidos assinalou que como aconteceu com os primeiros mártires cristãos da Igreja, os católicos nesse país devem preparar-se para sofrer, inclusive o cárcere, depois da decisão do governo Obama de obrigar os empregadores a pagarem seguros que incluem aanticoncepção, a esterilização e fármacos abortivos.
Assim o assinalou o Bispo de Lincoln (Nebraska), Dom Fabian W. Bruskewitz, ante a ordem da administração Obama, dada a conhecer em 20 de janeiro através do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, que obriga a que a partir do ano 2013 os empregadores se vejam obrigados a pagar seguros que financiam diversas práticas anti-vida aos seus empregados.
"Não podemos e não cumpriremos esta injusta norma. Como os mártires dos primeiros dias, temos que estar preparados para aceitar o sofrimento que poderia incluir altas multas e até o cárcere", escreveu o Prelado em uma carta que ordenou que seja lida na Missa do domingo 29 de janeiro em toda sua diocese.
"Nossa liberdade religiosa nos Estados Unidos está em grave perigo", advertiu.
A secretária do departamento de Saúde e Serviços Humanos, Kathleen Sebelius, quem afirma ser católica, deu um prazo de um ano às instituições religiosas para acatar a norma.
"Isto significa que todos nossos hospitais católicos, escolas, agências de serviços sociais e similares serão obrigados a participar do mal", explicou o Bispo.
O Prelado disse ademais que a Igreja "pediu ao Presidente Obama que rescinda esta lei, mas todas as solicitudes encontraram uma parede e chegaram a ouvidos surdos" na administração.
O Bispo do Lincoln é um dos muitos líderes da Igreja nos Estados Unidos que falou sobre este controvertido tema.
Na diocese de Phonenix, os católicos escutaram uma mensagem do Bispo Thomas J. Olmsted, quem assinalou que as pessoas de fé não podem "ser relegadas a serem cidadãos de segunda classe" nem "despojada de seus direitos dados por Deus".
O Bispo de Marquette, no estado de Michigan, Dom Alexander K. Sample, afirmou que se esta lei entrar em vigor "nós os católicos nos veremos obrigados a violar nossas consciências ou a deixar a cobertura de saúde para nossos empregados e sofrer as penalidades por fazer isso".
O Arcebispo de Nova Orleans, Dom Gregory M. Aymond, ressaltou por sua parte em sua carta do fim de semana que é necessário atuar ante este "ataque sem precedentes à liberdade religiosa".