Neste 2 de fevereiro, Festa da Apresentação de Jesus no Templo, a Igreja celebra também o Dia Mundial da Vida Consagrada, proclamado pelo Papa João Paulo II. Na ocasião, o Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, o futuro cardeal brasileiro Dom João Braz de Aviz, falou em uma entrevista que embora o panorama se apresente difícil para a vida consagrada na Igreja, este é um momento propício para intensificar a vivência da fidelidade dos consagrados aos seus carismas fundacionais.

A liturgia celebra a experiência de Maria, que, em obediência à lei, foi ao Templo depois de quarenta dias do nascimento de Jesus, para apresentá-lo ao Pai e cumprir o rito da própria purificação. A festa da Apresentação de Jesus no Templo é o momento em que “se manifesta a consagração de Jesus a Deus Pai”.

Sobre esta Festa e o Dia Mundial da Vida Consagrada, o Programa Brasileiro da Rádio Vaticano conversou com o Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Dom João Braz de Aviz que compartilhou algumas reflexões sobre a festividade e sobre a vida consagrada na Igreja hoje.

“Seguindo um pouco, digamos, as coisas bonitas e os momentos difíceis e as coisas delicadas aqui na nossa congregação por tudo aquilo que nós recebemos do mundo inteiro, a gente às vezes tem um pouco a impressão que nós estamos naqueles momentos digamos assim em que os nossos campos têm pouco trigo, em que o dia tem pouca luz em que a terra não é generosa no dar os seus frutos. Imagens que poderíamos dizer: passamos um momento na vida consagrada onde há sobretudo aqui na Europa e em outros lugares também as vezes mais às vezes menos há uma certa dificuldade para a vida consagrada de manifestar a sua beleza”, compartilhou Dom Braz de Aviz.

“Eu diria agora é o tempo da fidelidade. Fidelidade porque sabemos em que colocamos a nossa esperança. É também um tempo de revisão da nossa vida para ver se somos fiéis sobretudo àquela inspiração inicial dos nossos fundadores, das nossas fundadoras para ver aquilo que eles trouxeram como luz da parte de Deu separa a Igreja”, asseverou.

“Fidelidade também no procurar entender na cultura de hoje o que ela está buscando na sua maneira de agir e de se manifestar. Isto poderia ajudar-nos a voltar a viver com alegria a nossa vocação, e depois uma terceira coisa, caminhar juntos, o mais possível juntos, isto nos ajudará muito”, concluiu o prelado.

O Dia Mundial da Vida Consagrada, 2 de fevereiro, estabeleceu-se a partir de 1997, após a Exortação Apostólica Pós-sinodal “Vita consecrata”, assinada por João Paulo II em 25 de Março de 1996. O documento reflete sobre a vida consagrada e sua missão na Igreja e no mundo.
 

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