TEGUCIGALPA, 16 de fev de 2012 às 12:07
O Bispo de Comayagua (Honduras), Dom Roberto Camilleri, lamentou a morte de 355 pessoas durante o incêndio que consumiu o cárcere local e pediu às autoridades que garantam a integridade e a dignidade dos detentos para que esta tragédia não volte a repetir.
Em um comunicado difundido esta quinta-feira pela agência Fides, o Prelado pediu atender os sobreviventes e as famílias afetadas. Entretanto, advertiu que esta foi "a terceira tragédia que ocorre nos centros penais em Honduras, com o agravante que a granja penal de Comayagua era considerada como o presídio de maior nível de segurança a nível nacional".
"Consideramos lamentáveis as condições desumanas de aglomeração e insegurança em que vive a população penal de nosso país. Especificamente no Centro penal de Comayagua, construído para albergar 250 pessoas, a população subia a 852 prisioneiros", assinalou.
Por isso, Dom Camilleri chamou "as instituições da sociedade hondurenha a pedir às nossas autoridades que garantam a integridade e a dignidade dos prisioneiros, para que não se repita uma lamentável tragédia como esta que afetou tantas famílias hondurenhas".
"Pedimos à comunidade cristã que eleve suas orações ao Deus da vida, para que acolha e introduza em sua glória nossos irmãos falecidos e seus familiares e dizemos: vocês não estão sozinhos, Deus os acompanha nestes momentos difíceis", expressou.
Esta quinta-feira os médicos forenses iniciaram a identificação dos 355 réus que morreram encerrados na penitenciária da Comayagua, no centro do país.
As autoridades ainda investigam qual foi a causa do incêndio, considerado a pior tragédia ocorrida em um presídio no mundo nos últimos dez anos.