O Papa Bento XVI ressaltou que o tempo da Quaresma é “propício para renovar e melhorar o equilíbrio do nosso relacionamento com Deus, por meio da oração cotidiana, os gestos de penitência e as obras de caridade fraterna”.

Em seu breve discurso prévio à oração do Ângelus, na Praça São Pedro frente a milhares de fiéis ali reunidos, o Santo Padre fez uma exortação a ter “a paciência e a humildade de seguir todos os dias o Senhor, aprendendo a construir a nossa vida não sem Ele ou como se Ele não existisse, mas Nele e com Ele, porque é a fonte da verdadeira vida.”.

Bento XVI fez referência ao relato bíblico posterior ao batismo do Jesus no Jordão, quando fica no deserto durante quarenta dias.

“O que pode nos ensinar este episódio? Como lemos no livro Imitação de Cristo, “o homem nunca é totalmente livre da tentação, até o fim da vida... Mas com paciência e verdadeira humildade, se tornará mais forte do que qualquer inimigo’”.

O Papa assinalou que a seguir, “Jesus proclama que “o tempo se cumpriu e o reino de Deus está próximo” (Mc 1,15), anuncia que Nele acontece algo novo: Deus se fez homem, de modo inesperado, com uma proximidade única e concreta, plena de amor; Deus se encarna e entra no mundo como homem e traz para si o pecado, para vencer o mal e reconduzir o homem ao mundo de Deus”.

Para o Santo Padre, “este anúncio é acompanhado por uma exigência: corresponder a esse dom tão grande. Jesus, de fato, acrescenta: “convertei-vos e crede no evangelho”; é o convite a ter fé em Deus e a converter todos os dias nossa vida a Sua vontade, orientando, para o bem, cada ação nossa e cada pensamento”.

Bento XVI também encomendou o caminho quaresmal a Maria Santíssima, para contar com seu amparo "nos ajude a imprimir em nosso coração e em nossa vida a Palavra de Jesus Cristo, para convertermos a Ele”.


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