Na Pontifícia Universidade da Santa Cruz foram apresentados sete projetos que a Fundação Harambee para a África Internacional, nascida dentro do seio da Igreja, impulsionará este ano para promover o desenvolvimento do continente africano.

Harambee tem sua sede em Roma e está espalhada por vários países do mundo como Estados Unidos, Espanha, Itália, Irlanda, Portugal, França, Áustria ou Suíça. Ela busca exercer um trabalho de sensibilização entre os mais favorecidos mediante iniciativas como fórums, exposições e conferências.

Em uma entrevista concedida ao grupo ACI, Rosella Miranda, encarregada de comunicação da fundação, explicou que o projeto nasceu "no ano 2002 durante a canonização de São José María Escrivá de Balaguer para ajudar a África sempre com o objetivo de aprofundar em seu desenvolvimento mediante o reforço da educação".

A fundação Harambee assiste a África mediante uma campanha de recolhimento de recursos, estes posteriormente são investidos em distintos projetos escolhidos em concurso em base ao seu máximo rendimento e alcance.

Para o ano 2012 foram escolhidos sete projetos que serão destinados ao Benin, Quênia, Nigéria, R.D. do Congo, São Tomé, Camarões e Costa do Marfim, e servirão para reforçar a educação nas escolas, a formação profissional de jovens, a criação de escolas de ensino fundamental, e a formação das mulheres.

Desde sua fundação, até o momento, Harambee financiou 39 projetos desempenhados em 17 países distintos da África: Angola, Benin, Burkina Faso, Camarões, Costa do Marfim, Guiné Bissau, Quênia, Madagascar, Moçambique, Nigéria, República Democrática do Congo, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Serra Leoa, África do Sul, Sudão e Uganda.

Em declarações ao grupo ACI, o jornalista nigeriano membro da Harambee, Eugene Ohu, explicou a maior contribuição da Harambee para a África é "mostrar a verdadeira realidade do continente. Se eu pedir cinco conceitos que descrevam a África apareceriam: corrupção, caos, guerra, fome, ódio entre religiões…mas eu quero dar a conhecer outros cinco: alegria, laços familiares fortes, solidariedade, companheirismo, e irmandade".

Finalmente ele denunciou o grave problema da corrupção que se vive na África, "os políticos não têm interesse em desaparecer com a pobreza", e por isso "investir em educação é o melhor modo para ajudar a África, e possivelmente o único", concluiu.

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