Vaticano, 7 de mar de 2012 às 12:27
O oficial da Penitenciária Apostólica, Dom Gianfranco Girotti, assegurou que o Sacramento da Confissão vive um novo ressurgir e cada dia aumenta o número de fiéis que decide reconciliar-se com Deus.
Por ocasião da XXIII edição do "Curso sobre o Foro Interno", que se celebra de 5 a 9 de março no Palácio da Chancelaria de Roma, Dom Girotti , junto ao Penitenciário Mor, Cardeal português Manuel Monteiro do Castro, intervêm em um seminário de especialização na confissão onde participam mais de 700 sacerdotes chegados desde 84 países.
Em uma entrevista concedida à Rádio Vaticano, Dom Girotti afirmou que cada vez mais aumenta o número de fiéis que decidem reconciliar-se com o Senhor e percorrer "novos caminhos penitenciais que evidenciam sua vontade de caminhar, aproximar-se da Sacramento da reconciliação como ao final de um caminho no qual devem escutar seus atos não como declarações de boa vontade, mas como a presença da Graça em suas vidas".
Segundo o Prelado, apesar de que a sociedade experimente um persistente enfraquecimento do sentido do pecado, "nos últimos tempos muitos fiéis vivem o sacramento dentro de uma nova dimensão".
No curso se oferece aos sacerdotes a possibilidade de reforçar seu trabalho neste Sacramento, procura-se que não haja disparidades de julgamento nas confissões, e se aplique corretamente os princípios do Magistério da Igreja.
"Um bom confessor deve mostrar-se sempre hospitalar, tranqüilo, sem pressa acima de tudo; deve ter sempre a máxima cortesia possível e não esquecer que desenvolve uma tarefa paterna, porque revela aos homem o coração do Pai: representa justamente a imagem do Cristo Bom Pastor", explicou.
Dom Girotti considerou que o tempo de Quaresma é ideal para aproximar-se da Igreja e pedir a confissão.
O bispo recordou que o Beato Papa João Paulo II dizia que os sacerdotes "ao repartir aos fiéis a Graça do perdão com os Sacramentos da Penitência, cumprem o ato mais alto de seu sacerdócio depois da celebração eucarística".