VATICANO, 17 de mar de 2012 às 11:22
O Papa Bento XVI viajará de 14 a 16 de setembro ao Líbano e poderia inclusive, "se as condições melhorarem", ter como destino a Síria.
Assim indicou o líder da Igreja Grego-melquita (católica), o Patriarca Gregorios III, que em conferência de imprensa no dia 15 de março em Roma afirmou que em 2010, para o Sínodo dos Bispos do Meio Oriente "nós viemos a ele, e agora ele vem até nós".
O Papa "virá a dar-nos seu apoio aos cristãos para que estejamos unidos", disse o Patriarca conforme a nota da agência AFP. O Patriarca melquita cuja sede está em Damasco, na Síria, dirigirá um discurso ao Santo Padre na Igreja de São Paulo em Harissa.
Junto com "uma mensagem de paz" para todos os povos do Oriente Médio, o Papa levará um documento, conhecido como exortação apostólica pós-sinodal, com as conclusões do Sínodo dos Bispos de 2010.
O encontro de 2010 foi realizado pouco antes dos levantamentos de alguns países árabes contra seus governos, em meio dos quais as minorias cristãs foram afetadas em países como o Egito e a Síria, por exemplo.
Na região, o Líbano é considerado um modelo de estabilidade e de coexistência religiosa. Os organismos do governo estão divididos entre os muçulmanos e os católicos maronitas, liderados pelo Patriarca Bechara Rai, que formam 21% da população total.
O Papa foi convidado ao Líbano por seu Primeiro-ministro Najib Mikati, um muçulmano sunita, durante sua viagem ao Vaticano em novembro de 2011.