TORONTO, 4 de mar de 2005 às 17:03
O Bispo de Calgary, Dom. Frederick B. Henry; respondeu a uma série de perguntas sobre a excomunhão de políticos abortistas que querem receber a Eucaristia e os “casamentos” de pessoas do mesmo sexo, durante o Michael Coren Show da rede televisiva CTS.
Segundo a agência LifeSiteNews.com, o Prelado assinalou que descobre em sua consciência que “tinha que escrever uma carta pastoral às pessoas em que explicasse que sua posição (do Primeiro-ministro) é moralmente errada e incoerente e que não existe forma em que se possa afirmar que é um bom católico se ao mesmo tempo apóia o aborto e os ‘casamentos’ de pessoas do mesmo sexo”.
Dom. Henry indicou que “os assuntos que diz respeito à defesa da vida e o matrimônio são fundamentais. Se não se estiver com a Igreja, não é ela que te faz passar tempos difíceis, é a pessoa que se separa do Corpo de Cristo, e quem se separa dele tem que lutar com a decisão tomada”.
Declarou que “sempre estamos chamando à conversão, ao arrependimento. Sempre damos outra oportunidade. Só quando já não resta outra opção, quando não se tem outro recurso mais, termina-se por expulsar alguém” e acrescenta que “quando tratamos com um político (...) cabe-nos despertá-los da mentira, não fazemos mal ao dizer: por favor, não receba a comunhão porque não está em condições de fazê-lo e o senhor rompeu seu vínculo com a Igreja”.
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Sobre a eventual excomunhão do Primeiro-ministro, Dom. Henry disse que esse um assunto que compete ao titular da diocese a que pertence Martin: Dom. Marcel Gervais, Arcebispo de Ottawa ou o Cardeal Jean-Claude Turcotte, Arcebispo de Montreal.
Entretanto, quando foi perguntado pelo o que faria se dependesse dele, o Prelado respondeu que “teria que considerá-lo, sim. Não estou seguro de como faria para tomar uma decisão porque não é um assunto que me compete. Entretanto seria o suficientemente sério com ele, já que qualquer um que incentive ou promova este tipo de ‘uniões’ (de pessoas do mesmo sexo) é culpado de cometer uma grave ofensa a Deus”.
“Se a pessoa promove e força seu gabinete para que apóie este tipo de coisa, piora tudo. E se alguém faz isso publicamente e depois pretende estar bem com a Igreja, é claro que deve decidir-se por algum lado a final. Não pode estar nos dois extremos ao mesmo tempo”, concluiu o Prelado.