Vaticano, 14 de abr de 2012 às 10:54
O Presidente do Pontifício Conselho Cor Unum no Vaticano, Cardeal Robert Sarah, assinalou ontem que a Igreja Católica não impõe a ninguém sua religião nem suas crenças como alguns equivocadamente afirmam.
Em entrevista com o grupo ACI na manhã da sexta-feira em Roma logo da apresentação do livro "O Santo Padre e os voluntários europeus", o Cardeal se referiu a este trabalho de muitos católicos no mundo, especialmente ali onde são perseguidos por causa da fé como na Índia.
O Cardeal explicou que quando os voluntários realizam seu serviço -em meio das pressões dos extremistas hindus e ante as acusações de proselitismo como acontece na Índia- em realidade não procuram "converter as pessoas. Fazemos o que Jesus nos manda. Cada qual pode escolher sua fé. Nós fazemos que eles saibam que somos irmãos".
"Com a caridade dos católicos queremos promover a dignidade do ser humano, respeitar a liberdade de todo ser humano e ajudar as pessoas a serem felizes. Por isso não impomos nenhuma religião nem crença", acrescentou.
O Cardeal Sarah precisou logo que ao realizar esta tarefa de voluntariado, os católicos cumprem com sua missão na qual é "impossível ocultar nossa fé. Mais ainda, não devemos ocultá-lo, nem mesmo em lugares onde os bispos têm dificuldades como na Índia".
O Presidente do Pontifício Conselho Cor Unum explicou além que o serviço dos católicos deve estar apoiado na caridade para poder "testemunhar o Evangelho e por isso devemos melhorar nossa formação para mostrar adequadamente nossa identidade de católicos".
Sobre o alcance do serviço voluntário dos católicos, o Subsecretário do Pontifício Conselho, Dom Segundo Tejada Muñoz, assinalou ao grupo ACI que é muito difícil de ser medido por ser muito vasto e estendido por todo o planeta.
"É Muito difícil colocar números a tudo o que a Igreja faz, contandoaos voluntários e seus demais serviços. Primeiro porque o trabalho nas paróquias, nas dioceses e das pessoas que se dedicam a isto é de tal tamanho, estão tão profundamente enraizados em nossa sociedade, que não é possível dar um valor exato", indicou.
O sacerdote disse logo que embora seja certo que com realidades como a Cáritas ou Manos Unidas (da Espanha), é possível obter um valor ou números exatos sobre seu trabalho, devemos considerar que estes são "a ponta de um iceberg e que realmente é impossível dar um número exato sobre toda a ajuda que a Igreja Católica oferece no mundo".