BUENOS AIRES, 16 de abr de 2012 às 23:43
Esta semana terminou em Notre Dame (França) a fase investigativa do processo de beatificação do médico e pesquisador francês Jérôme Lejeune, pai da genética moderna e mundialmente reconhecido como o descobridor da síndrome de Down.
Em 2004, Fiorenzo Angelini, presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde, solicitou o início do processo, dez anos depois da morte do cientista, que foi aberto em 2007.
Anos antes, em 1997, João Paulo II, na Jornada Mundial da Juventude de Paris, foi rezar ante a tumba de quem considerou seu amigo e chegou a ser o primeiro presidente da Academia Pontifícia para a Vida.
Lejeune sonhava em curar a síndrome de Down, para isso criou uma fundação na França dedicada à pesquisa e tratamento não só desta síndrome, mas também de outras doenças mentais genéticas. Este centro continua hoje seu trabalho e conta também com um comitê que ajuda diferentes grupos em todo o mundo.
Em 1969, apesar de ser reconhecido em todos os centros de pesquisas do mundo, repentinamente todas as portas se fecharam para o médico por ter sido claro em mostrar sua postura contra o aborto neste tempo em que iniciaram as campanhas abortistas na Europa e Estados Unidos.
No livro "Life is a Blessing: a biography of Jerome Lejeune" (A vida é uma bênção: uma biografia de Jérôme Lejeune), sua filha Clara conta que o rechaço à sua postura contrária ao aborto foi tanto que ninguém mais se interessou pela sua pesquisa.
Em 1971 realizou um discurso no National Institute for Health e depois disto mandou uma mensagem à sua esposa dizendo: "hoje perdi meu Prêmio Nobel". No seu discurso Lejeune se referiu ao aborto dizendo: "Vocês estão transformando seu instituto de saúde em um instituto de morte".
Oração para pedir a beatificação do Dr. Lejeune
"Ó Deus, que criaste o homem à vossa imagem e o destinou a compartilhar vossa Glória, vos agradecemos por ter dado à vossa Igreja o professor Jerôme Lejeune, eminente servidor da vida.
Ele soube pôr sua penetrante inteligência e sua fé profunda ao serviço da defesa da vida humana, especialmente da vida em gestação, no incansável empenho de cuidá-la e saná-la. Testemunha apaixonada da verdade e da caridade, soube reconciliar, ante os olhos do mundo contemporâneo, a fé e a razão.
Concede-nos por vossa intercessão, segundo a vossa vontade, a graça que vos pedimos, com a esperança de que logo ele seja contado entre o número de vossos Santos. Amém".
A oração tem a aprovação eclesiástica de Dom André Vingt-Trois, Arcebispo de Paris.
Pede-se comunicar as graças recebidas a: Postulação da Causa de beatificação e canonização do Servo de Deus Jérôme Lejeune, Abbaye Saint-Wandrille, F-76490 Saint-Wandrille, France.