Roma, 9 de mai de 2012 às 13:39
O Bispo do Osogbo (sudeste da Nigéria), Dom Gabriel Leke Abegunrin, denunciou que as autoridades do país não protegem os nigerianos dos extremistas muçulmanos da seita Boko Haram, que constantemente os ameaçam e atacam brutalmente.
Conforme informa a agência vaticana Fides, o Bispo lamentou que por causa da insegurança, os nigerianos não possam transladar-se livremente dentro do país, "na atualidade os cidadãos da Nigéria estão desprotegidos e isso é algo muito triste".
Também manifestou que os membros dos serviços de segurança revelaram que sabem quem são os que estão por trás das ameaças, mas não são capazes de capturá-los. "Nigéria no momento não quer pôr fim à ameaça do Boko Haram", denunciou.
Faz alguns meses a guerrilha islâmica Boko Haram, originária do norte da Nigéria, começou a atacar a outros lugares do país, afetando com atentados zonas de culto cristão. Os últimos ocorreram no dia 29 de abril contra várias Igrejas.
Um atentado foi na localidade do Kano, onde uma bomba deixou pelo menos 16 mortos e 22 feridos e no Maiduguri, onde um comando terrorista disparou contra um grupo de fiéis na capela de uma Igreja, matando a cinco pessoas.
Por outro lado, Dom Abegunrin também lamentou as divisões partidárias, que fomentam a violência, e as formas de servilismo vinculadas aos partidos, além das deficiências nos serviços públicos, especialmente na educação, e afirmou que se devem mais à má gestão que à falta de recursos.
"O governo paga aos professores melhor do que nós lhes pagamos. Não temos dinheiro, mas temos os meios para fazer felizes aos nossos professores no seu trabalho. O governo tem de tudo, mas não sabe como usá-lo", concluiu.