VATICANO, 8 de mar de 2005 às 13:20
Durante um discurso pronunciado em Luanda (Angola) ao final do II Congresso “Pro Pace” dedicado ao tema “Construtores de democracia”, o Cardeal Renato Martino, presidente do Pontifício Conselho “Justiça e Paz”, destacou que os valores morais são fundamentais para construir uma democracia sólida.
O congresso, organizado pela Igreja em Angola, aconteceu na Universidade Católica de Luanda de 2 a 6 de Março e foi encerrada com uma concelebração eucarística presidida pelo Cardeal Martino.
Em sua intervenção, publicada esta terça-feira, o Purpurado falou das democracias históricas e do risco que “as sociedades que se libertaram recentemente de sistemas agressivos, domínio tribal e tutelas coloniais, percebam como algo que distingue à democracia aspectos que na realidade são conseqüências da crise moral e institucional que atravessam as democracias históricas, ou seja, o individualismo absoluto, o materialismo, o hedonismo, a indiferença ética e o predomínio das lógicas econômicas, aquisitivas e competitivas”.
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“O relativismo ético –destacou- é um dos maiores perigos para as democracias atuais” porque “induz a considerar inexistente um critério objetivo e universal para estabelecer o fundamento e a correta hierarquia de valores”.
O Cardeal reafirmou finalmente a relação indispensável entre valores morais e vida política para construir uma verdadeira democracia.