A Legião de Cristo explicou detalhadamente o procedimento que seguem na congregação quando existem acusações tratando de abusos sexuais como os é o caso de 7 de seus sacerdotes, acusados deste delito, em denuncias que em sua maioria lavam mais de décadas, e que estão sendo atualmente investigadas pelo Vaticano.

A explicação está contida em um comunicado enviado a todos os sacerdotes da Legião.  Por sua parte o P. Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, afirmou aos jornalistas em Roma: "honestamente não sei onde está o problema, nem onde está a notícia" considerando que "os superiores eclesiásticos competentes dos Legionários de Cristo seguiram as normas em vigor, ao levar à Congregação para a Doutrina da Fé alguns dos casos que tiveram conhecimento, ocorridos várias décadas atrás".

No comunicado se destaca que efetivamente "nos últimos anos e em diferentes países, chegaram aos Superiores Maiores da Legião de Cristo algumas acusações de fatos imorais graves e delicta graviora cometidos por alguns legionários".

"Quando um diretor territorial ou o diretor geral recebe uma denúncia deste gênero ou quando existem suspeitas fundadas, se seguem as leis civis vigentes, conforme os países, e quando as autoridades civis permitem, se abre também uma investigação interna prévia para cada caso (cf. can. 1717 §1)", explica o texto.

Logo depois, o comunicado precisa que “nos Estados Unidos, quando a acusação tem a ver com menores de idade, isto se faz de acordo aos critérios do ente independente de creditação Praesidium (http://www.praesidiuminc.com).".

O texto indica ademais que “se a investigação interna conclui que a acusação é verossímil e se trata de delicta graviora, de acordo com as normas canônicas vigentes, o caso se remete à Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) para que este dicastério diga ao Superior Maior correspondente os ulteriores passos a serem dados”.

O comunicado precisa que "das acusações recebidas pelos Superiores Maiores a partir de que a responsabilidade para os casos de abusos de menores por parte de clérigos foi assumida pela CDF, sete resultaram verossímeis depois da investigação interna e a Legião os remeteu à CDF".

"Só um caso de abuso de menores por parte de um sacerdote se refere a fatos recentes, os outros são de várias décadas atrás", acrescenta.

A seguir explicam “também chegaram à CDF duas acusações formais de atos que não se consideram delicta graviora. Assim mesmo, se deram acusações de delicta graviora a legionários que, depois da investigação correspondente (civil ou canônica), foram declarados inocentes”.

“Durante a investigação das autoridades civis (se é o caso) ou durante a investigação canônica prévia e enquanto o caso é estudado na CDF, os diretores territoriais ou o diretor geral aplicaram medidas cautelares restringindo o ministério sacerdotal do acusado, pois a proteção das crianças e das comunidades é prioritária para a Congregação, sem por isso, adiantar uma determinação sobre sua culpabilidade", afirma também o comunicado.
Na parte final do comunicado os legionários reiteram seu compromisso “de continuar favorecendo e propiciando ambientes seguros para crianças e jovens, especialmente através da aplicação de códigos de conduta para os legionários, consagrados e leigos que têm contato com menores nas nossas diferentes instituições".

"Convidamos todos a respeitar e encomendar estes nossos irmãos e sobre tudo às pessoas afetadas", conclui a circular.

Para ver o documento na íntegra, visite: http://www.legionariesofchrist.org/por/articulos/articulo2.phtml?se=243&ca=703&te=475&id=36707&csearch=703

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