RIO DE JANEIRO, 14 de mai de 2012 às 10:56
“A Igreja precisa dos jovens e os jovens da Igreja.” Foi recordando estas palavras do Papa Bento XVI aos peregrinos de língua portuguesa na praça de Cibeles durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Madri, que o bispo auxiliar do Rio de Janeiro dom Pedro Cunha motivou os jovens cariocas a permanecerem em adoração na noite de ontem, 11 de maio.
A sétima Vigília dos Jovens Adoradores reuniu cerca de 300 jovens em torno do altar da Igreja de Sant'Ana, no centro do Rio, para rezar pela JMJ Rio 2013. Oferecendo o cansaço da jornada de estudos e de trabalho do dia pela evangelização da juventude e pelos preparativos do encontro com o Papa, os jovens se mantiveram unidos a Jesus Sacramentado assumindo a missão de começar a construir o evento pela oração. A adoração foi conduzida pela missionária da comunidade Canção Nova, Eliana Sá, e a animação ficou por conta do cantor Allyson Castro.
Paramentado com a casula que os bispos ganharam do santo padre na vigília de Quatro Ventos, Dom Pedro animou os participantes do encontro recordando alguns momentos especiais da ultima JMJ. O tema escolhido para esta sétima vigília foi “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo14,6), o mesmo da JMJ de 1989 em Santiago de Compostela, na Espanha.
Em entrevista exclusiva a ACI Digital, Dom Pedro Cunha afirmou que quis recordar aos jovens as palavras do Santo Padre Bento XVI para mostrar o quanto a Igreja espera o testemunho deles. “Buscamos este tema para que toda juventude possa encontrar em Cristo o seu viver, a sua alegria maior”, ressaltou.
Dom Cunha pediu ainda que todos rezassem durante a adoração pela fecundidade das vocações sacerdotais e pela perseverança dos jovens. “Solvendo desta fonte eucarística, centro de nosso viver, possamos tê-Lo como nosso tudo. Que dessa experiência possa surgir verdadeiros adoradores do Senhor e que possa ser uma experiência de continuidade. 'Sem mim nada podeis fazer'”, disse.
Em um clima de profundo recolhimento, os jovens adoradores passaram toda a noite em oração. Eliana Sá lembrou que a oração é fruto de uma fé firme e decidida que não se deixa abalar pelo cansaço e nem pela falta de ânimo.
Jefferson Evaristo, de 22 anos, da paróquia Sagrada Família em Realengo, foi um desses. Ele não se deixou desanimar e mesmo depois de sua jornada de trabalho que terminou às 22h, o jovem se esforçou para chegar à vigília. “A JMJ só vai ser construída quando os jovens perceberem que ela não é feita só para eles, mas é feita por eles”, afirmou.
A jovem da comunidade Bom Pastor Fernanda Arias, de 25 anos, também se manteve firme no propósito de rezar pelo encontro com o papa. Mesmo com um filho pequeno, ela disse que sempre se esforça para participar das vigílias. “Acho importante para estar em unidade com a juventude e orar pela JMJ. O que a gente vai levar mesmo é a oração e a unidade”, explicou.
As Vigílias dos Jovens Adoradores acontece toda segunda sexta-feira de cada mês e tem por objetivo preparar os corações do jovens para o encontro com o Papa, além de rezar pelos preparativos do evento. A partir deste mês o Comitê Organizador Local (COL) da JMJ também vai promover encontros mensais de adoração nas escolas católicas da cidade, das 18h às 21h30. O primeiro já está marcado para a próxima sexta-feira e será no colégio Sagrado Coração de Maria em Copacabana, no vicariato Sul.
A missa e a vigília foram transmitidas na íntegra e ao vivo pela web-tv Redentor, um veículo do setor de comunicações da Arquidiocese do Rio.