ATLANTA, 17 de mai de 2012 às 15:20
O ator e produtor mexicano Eduardo Verástegui qualificou de mentiroso ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por mudar sua postura contrária ao "matrimônio" homossexual, e assinalou que o governante é um homem muito perigoso, tanto para latinos como para os próprios norte-americanos.
Entrevistado no programa Showbizz, da CNN em Espanhol, Verástegui assinalou que Obama é "uma pessoa em quem não acredito em nada, que diz muitas mentiras, que está atacando a liberdade religiosa, não só da Igreja Católica, como também de qualquer outra religião".
"Este homem primeiro diz que está a favor da união civil entre pessoas do mesmo sexo, mas que o matrimônio está reservado somente para homem e mulher, depois muda", criticou.
Verástegui também assinalou que o governo de Obama foi desastroso para os latinos, apesar de ter oferecido ajudá-los nos problemas da reforma migratória.
O ator e produtor mexicano criticou que o atual presidente dos Estados Unidos não só não fez nada para melhorar a situação dos migrantes, como também deportou a mais de 1.2 milhões de latino-americanos. "Na história nunca houve uma deportação maior", indicou.
"A maioria deles não tinha passado criminal. Eram pessoas boas e trabalhadoras que estavam aqui simplesmente para levar adiante a sua família", assinalou.
Ao aprofundar sobre a oposição dos católicos e da maioria dos latinos ao mal chamado "matrimônio" homossexual, Verástegui remarcou que o fato de que "uma pessoa queira ser reconhecida legalmente se chama união civil. Não estou de acordo, mas o respeito. No que eu não estou de acordo é que chamem de matrimônio a uma união civil, quando o matrimônio vem do latim mater, mãe e monio, defesa, defesa da mãe".
Verástegui descartou que haja discriminação ao não permitir a quem experimenta uma atração pelo mesmo sexo o matrimônio, se trata de chamar as coisas pelo seu nome.
Para o ator, "se trocarmos os nomes das coisas vai chegar um momento onde começaremos a chamar a um computador de vaca. O matrimônio é a união de um homem e uma mulher, isso é o direito natural".
Verástegui comparou a Obama com Plutarco Elías Calles, presidente do México no início do século XX que iniciou a perseguição religiosa contra a Igreja Católica, a qual desencadeou na Guerra Cristeira onde morreram 90 mil pessoas.
Este episódio da história mexicana foi levado ao cinema no filme Cristiada, estreado recentemente com grande êxito no México, no qual Verástegui interpreta ao Beato Anacleto González Floresça.
"Para mim Plutarco Elías Calles e Obama parecem ser a mesma pessoa. Começam a fazer uma lei, logo outra lei, logo outra lei. Daqui a pouco vão dizer aos sacerdotes ou aos pastores que eles têm que ser testemunhas do matrimônio gay, e se recusarem a fazê-lo, serão presos".
Verástegui criticou que aos seus filhos poderiam ensinar que não há diferença entre matrimônio natural e um entre duas pessoas do mesmo sexo. "Sim há uma diferença, isso não se chama matrimônio".
Para o ator da Cristiada, "há uma agenda política por trás que vai além do que você e eu podemos ver. Tudo está com uma estratégia de ‘vamos destruir a Igreja’".
"Plutarco Elías Calles tentou fazê-lo e morreram 90 000 pessoas. Hitler também o fez com a perseguição contra os judeus".
Verástegui assinalou que na história "sempre há líderes que são muito carismáticos para conquistar e seduzir às pessoas"
"Em minha opinião, este (Obama) é um homem muito perigoso, não somente para qualquer religião, (mas também) para a comunidade latina e para o cidadão norte-americano".
"(Obama) não é um homem que ama aos Estados Unidos. Acredito que é um homem que está fazendo muito dano".