Roma, 24 de mai de 2012 às 08:43
O Escritório de Esportes do Vaticano saudou o jogador de futebol católico Didier Drogba, originário da Costa do Marfim e campeão da Champions League da Europa com o clube Chelsea da Inglaterra neste 19 de maio após vencer em o Bayern Munich por 4 a 3 na disputa de pênaltis, após um empate de 1 a 1 no tempo regular na casa do time alemão.
Em declarações ao grupo ACI direto de Roma, o diretor do Escritório de Esportes, o Padre Kevin Lixey, assinalou que "o Vaticano e o Santo Padre sempre estão interessados nos atletas já que eles são modelo para outros. Se agradecerem a Deus por seus talentos, é bom que os jovens admirem estes bons esportistas".
A contribuição de Drogba para o triunfo do Chelsea, onde jogam os brasileiros André Luiz e Ramires, começou com o gol de cabeça do católico originário da Costa do Marfim, faltando poucos minutos para a conclusão do tempo regulamentar que empatou a partida. Logo, na disputa de pênaltis, Didier anotou o último gol dando o triunfo à sua equipe e o título inédito ao clube britânico. Em ambas as ocasiões o jogador celebrou fazendo o sinal da cruz.
"Foi o destino. Acredito no destino. Rezo muito. Estava escrito faz tempo. Deus maravilhoso. Esta equipe é incrível", disse o jogador de futebol de 34 anos aos meios de comunicação após a partida. "Esta equipe nos ensinou que nunca podemos nos render, não devemos jamais nos render", acrescentou.
Em 2004, antes de deixar seu anterior clube, o Olympique de Marselle (França), Drogba obsequiou sua camiseta à Catedral de Nossa Senhora de La Garde, aonde ainda está exposta.
Frente à realidade das guerras internas na Costa do Marfim, Drogba também tenta colaborar com o processo de paz. Por isso é um dos 11 membros da Comissão da verdade e Reconciliação constituída para pacificar o lugar. Em 2011 a revista Times o nomeou como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo em reconhecimento ao seu trabalho pela paz na sua terra natal.
O Padre Lixey afirma que embora "não haja correlação entre a vitória e as orações", acredita que os esportistas cristãos têm mais oportunidades de "dar mais a outros na equipe” e podem “relacionar-se melhor com seus companheiros”.