A ação dos pró-vidas argentinos e da Igreja obteve que a sentença que despenaliza o aborto por estupro não seja aplicada em toda a Argentina, informou um jornal local.

Em sua edição de 29 de maio, o Jornal Clarín indicou que depois da sentença da Corte Suprema de Justiça da Nação que declarou não puníveis os abortos no caso de estupro, "só algumas províncias se alinharam".

Clarín disse que na falta de uma diretriz nacional, os bispos estão tentando que nas províncias que não têm um protocolo "não se aplique a sentença ou, pelo menos, haja mais exigências" para impedir assim falsas alegações de estupro ou abortos em um estado avançado da gestação.

O jornal indicou que o Arcebispo de Tucumã, Dom Alfredo Zecca, transmitiu aos dirigentes e legisladores que a Igreja não aceitará que o aborto seja aprovado. "Nas províncias de Cuyo, os arcebispos de Mendoza e San Juan, Dom José María Arancibia e Dom Alfonso Delgado, e os bispos de San Luis e San Rafael, Dom Pedro Martínez e Dom Eduardo Taussig, emitiram um comunicado no qual afirmam: ‘Uma mulher que foi estuprada merece compreensão e acompanhamento, mas sua ferida não é curada com uma injustiça maior como o aborto’", informou Clarín.

O jornal argentino indicou que isto mostra que a Igreja "vem desdobrando uma forte ofensiva nas províncias que não elaboraram protocolos" e assim buscam impedir a realização de abortos.

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