ROMA, 13 de jun de 2012 às 11:00
Ante dois novos atentados contra Igrejas cristãs na Nigéria por parte de extremistas muçulmanos da seita Boko Haram, o presidente da Conferência Episcopal desse país, Dom Ignatius Ayau Kaigama, assinalou que não se trata de uma limpeza étnica nem religiosa, mas sim de um bando de delinquentes.
Ambos atentados ocorreram no domingo, 10 de junho, deixando ao menos quatro falecidos. O primeiro foi na cidade do Jos, onde um terrorista suicida explodiu um carro-bomba contra um templo cristão. O outro atentado foi numa igreja no Biu, onde um grupo armado disparou contra os fiéis que participavam de uma celebração.
"Estamos ante um grupo de delinquentes, não se trata de uma limpeza étnica nem religiosa, quem está atacando os lugares de culto cristão é um bando de delinquentes que perderam toda forma de orientação. Ninguém sabe o que pretendem obter com este tipo de violência", expressou o Prelado.
Do mesmo modo, lamentou que esta seita islâmica considere os cristãos como inimigos porque "representam a cultura ocidental".
Finalmente, o também Arcebispo do Jos manifestou que nesse lugar os fiéis não têm impedimentos para viver a sua fé.
"Alguns cristãos se queixam de não poder praticar o culto. No que se refere a minha arquidiocese posso assegurar que no Jos há uma comunidade católica forte que não sofre impedimentos para celebrar livremente os encontros de oração e cumprir com seus deveres religiosos", denunciou.